António Arnaut, ex-grão Mestre do Grande Oriente Lusitano, fez a seguinte declaração numa entrevista na TSF:
"O facto de se pertencer à Maçonaria não é um inconveniente, deve ser uma vantagem, quando as pessoas souberem o que é a Maçonaria, porque o maçon tem de ser, por definição, um homem reto, tolerante, íntegro, acima de qualquer suspeita."
Em princípio, pela polémica que o facto de se pertencer ou não à maçonaria ultimamente tem levantado, esta declaração deveria ser apaziguadora das desconfianças que pudessem existir.
De facto, a questão está em as pessoas não saberem o que é esta sociedade secreta nem o que sejam os seus propósitos, precisamente porque é secreta e assim se mantém, sem que seja previsível que alguma vez se tornem públicos os seus “estatutos”, os seus objetivos e os processos adotados para os atingir. O que é secreto é mesmo assim. Por isso não pode alguém surpreender-se se, por pertencer a uma sociedade secreta e por mais elevados que sejam os seus propósitos, ser objecto de desconfiança como o é, aliás, tudo o que se não conhece.
António Arnaut refere “quando as pessoas souberem o que é a Maçonaria...”, quase uma sugestão de que dia as pessoas o irão saber, e definiu um “maçon” como alguém com todas as qualidades que mais se podem apreciar num ser humano.
Se assim é, apetece-me perguntar porque o não dizem logo?
Se o não dizem eu até poderei questionar se tal acontece porque se trata de uma organização elitista ou porque nela existe algo de que o grande público não iria gostar.
Seja o que for, é claro que prefiro que sejam pessoas de elevado nível cívico. Mas...
Sem comentários:
Enviar um comentário