ACORDO ORTOGRÁFICO

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sábado, 30 de maio de 2015

O PESADELO DA SEGURANÇA SOCIAL


Os descontos que os trabalhadores fizeram para garantir a sua pensão de velhice foram, muitas vezes, utilizados para outros fins, como uma espécie de “fundo de compensação” que, um dia, chegou ao fundo!
Não fora assim, tivesse a SS seguido as regras da rentabilização dos dinheiros recebidos, esta enorme mutual atingiria facilmente os seus desígnios em vez de ter de cortar nas pensões ainda mais do que em outras “despesas” com a desculpa de que os pensionistas recebem mais do que aquilo que os descontos que fizeram poderiam justificar.
Mas como em outras circunstâncias em que o mal está feito, “não adianta chorar sobre o leite derramado” porque ele não volta para o caneco.
Uns dizem que a “maioria” não tem, para este problema, soluções que lhes possam render votos nas eleições que se aproximam e António Costa descobriu-a em contribuições excepcionais que rentáveis empresas de capital-intensivo terão de dar para suprir as falhas que as contribuições normais estão a gerar, enquanto alivia as das de mão-de-obra intensiva!!!
Como se diz de certo jogo de azar, seria fácil e daria milhões se o capital fosse magnânimo como Costa parece julgar que seja e se deixasse seduzir, vendo em tal atitude de corte da sua rentabilidade uma nova razão para em Portugal fazer os investimentos dos quais a economia portuguesa desesperadamente necessita, em vez de os evitar.
É mais do que evidente que estamos na fase mais aguda da “doença da pele curta”, quando para tapar uma chaga logo outras ficam a descoberto, como é próprio das "espertices" que, parecendo resolver tudo, nunca resolvem nada.
Diz a ministra das finanças que a solução terá de resultar de um amplo consenso com o PS que, pelos vistos já a encontrou num jogo de raspadinha!
Mas não é de consenso algum que nascerá uma solução se não for para concluir que as medidas avulsas deixaram de fazer sentido e que apenas uma reestruturação global e alterações profundas de conceitos poderão ter outro resultado que não seja a degradação que se tem verificado ao longo das últimas dezenas de anos em que os mais atentos chamaram a atenção para as dificuldades que se viriam a viver, sem que um qualquer “político inteligente” os quisesse escutar.
Não tem soluções a maioria, nem o PS e nem outro partido qualquer, neste mundo de fantasia em que o SYrisa teve, ao menos, o mérito de mostrar que o “rei vai nu”.


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