Depois
dos generosos encómios que dedicou às entradas de leão do Syrisa, aquele partido que conquistou
os gregos com a promessa de os livrar da Troika, dos méritos que reconheceu à política
do “vai ou racha” que Tsipras adoptou para resolver problemas que só
negociações sérias e reformas profundas poderiam resolver, o líder do PS
temperou o seu discurso depois de começar a ver os maus efeitos que tal
procedimento causava.
Mesmo
assim, copiou-lhe o princípio de atirar para o ar e, depois, ficar a ver onde vai
cair. Correndo o risco de lhe cair em cima.
É
por isso que Varoufakys teme o “dilema catastrófico" de, num futuro já bem
próximo, ter de escolher entre pagar os empréstimos aos seu credores ou pagar
salários e pensões aos trabalhadores e pensionistas a quem prometeu o fim da
austeridade.
Já
antes Hollande, cuja vitória eleitoral encheu de esperanças a maioria dos
franceses e de euforia o PS de Seguro, pensou que fazendo peito ganharia força.
Mas perdeu e é hoje um dos presidentes menos populares em França.
Têm
falhado aqueles de quem os socialistas fizeram seus mestres na caminhada de
regresso ao passado de felicidade virtual a que os “conquistadores” aspiram e a
insensatez constrói mas só garante de um modo fugaz.
Depois,
ficam os dilemas mais complicados de decidir e a catástrofe bem mais próxima de
acontecer.
Governar
não pode ser fazer disparates para fingir que se cumprem promessas que ajudam a
ganhar eleições mas que as circunstâncias mostram serem impossíveis de cumprir,
como não deve ser esperar que um milagre resolva os problemas que criarmos ou que
outros paguem as dívidas que fizermos.
As
provas estão aí. Mas é habitual pensamos que as coisas más só aos outros acontecem.
E seja o que Deus quiser.
Por
isso me parece adequado aquele velho ditado “quem como fiado… caga novelos”, tenha
o “fiado” o significado que tiver e os “novelos” também!
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