Hoje estive a escutar um
provável futuro ministro de qualquer coisa do provável futuro governo de Costa
a apresentar o “projecto do programa eleitoral do PS".
Longe da realidade que nos
não aponta razões para grandes esperanças numa vida muito fácil, o programa
alimenta expectativas que, quase por certo, as circunstâncias não permitirão realizar.
Aliás, veja-se o que, de um modo geral, se passa por todo o mundo.
Aliás, veja-se o que, de um modo geral, se passa por todo o mundo.
Todas aquelas promessas de passar
da vida dura a que anteriores excessos e desleixos nos obrigaram, à vida em que tantas
promessas nos querem fazer acreditar, em nada se desmarcam dos típicos programas eleitorais com os quais se ganham eleições, porque jamais alguém as venceu a prometer mais trabalho.
E veio-me à lembrança uma
velha história que se conta de uma campanha eleitoral em que o candidato se deslocava
de terra em terra para fazer as promessas que, em cada caso, mais convinham.
Nos comícios que, em cada local, fazia, alguém da terra lhe
sussurrava ao ouvido o que aos locais mais poderia agradar que fosse feito.
Onde um fontanário seria o melhoramento mais apreciado, o político percebeu “ponte”
em vez de “fonte” e prometeu, entre outras coisas das quais jamais se
lembraria, “e também mandarei construir uma ponte”.
Porque alguém lhe fez
notar que não tinham rio, o político não se perturbou e logo melhorou as suas promessas garantindo que “agora
faremos a ponte, o rio virá depois”!
É por isso que não voto em
quem me prometa o céu que me não pode dar, mas em alguém que tenha propostas compatíveis com a
realidade em vez das utopias irrealizáveis que a tantos deslumbram e, sucessivamente, vão enganando.
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