Obviamente que não esperava de Trump outra
coisa senão o que,solenemente, declarou ontem que iria fazer e na campanha
eleitoral já tinha prometido que faria. Trump deseja, tal como já se esperava, abandonar o acordo de Paris sobre as “alterações
climáticas”, com todo o despreso que um ignorante pode ter pela Ciência..
Se as razões que na campanha adiantou foram
ridículas, baseadas na teoria da conspiração contra os Estados Unidos liderada pela
China, ontem deixaram-me sem palavras as razões detalhadas e quantificadas que,
podendo ser verdades algumas delas, porque até são as que provocaram a situação
grave que vivemos mas que ninguém parece muito disposta a combater de verdade, cinicamente, encobriu as suas consequências para a vida humana e, também, como assim se sentirão mais rapidamente.
Tudo dito do modo como Trump o fez, parece o
regresso ao Eldorado, aos dias de euforia que acabaram na grande e já esquecida crise, mais
ainda com aqueles valores desproporcionados, de emprego e de benefícios financeiros que apresentou e deixam tanta gente
desejosa de se envenenar!
Ao longo do tempo que está na Casa Branca,
Trump e a sua equipa tem-me feito lembrar os tempos de Estaline na Rússia que
mandava apagar, de textos e de fotografias, para desaparecerem da História, os
que caiam em desgraça. Julga, como Estaline jugou, que a História se altera
assim, agora com a novidade de, deliberadamente, sonegar as conclusões
científicas e prejudicar a investigação, em particular a que a NASA tem vindo a
desenvolver, cortando fortemente o investimento da investigação. Pudera, um "pato barvo" não sabe tudo?
É uma verdadeira campanha de desinformação a
que Trump promove para ser apoiado pelos ignorantes que, como ele, pensam que
os problemas se resolvem ignorando-os, à guisa daquele dito "olhos que não vêem não pecam. Então olha para o lado!
Tem-se apontado o ditador da Coreia do Norte como
o grande agitador da paz mundial, como aquele que pode, com as armas nucleares
que desenvolve e diz possuir, arrasar os seus inimigos, mas eu julgo bem mais
perigosas as situações em que Trump, sem utilizar um só míssil, pode lançar a
Humanidade, pois corresponderão a num longo período de agonia do qual talvez não sobreviva.
O dia de ontem deverá ficar marcado a letras
bem negras porque, a menos que tais idiotices sejam travadas a tempo pelos homens inteligentes da América, também o nome
Trump suplantará o de qualquer inimigo público número um que tenha havido.
Curioso é que, apesar de tudo, prometeu uma
América ambientalmente limpa, o país mais amigo do Ambiente que possa no mundo
existir.
Não sou dos que vêm no Acordo de Paris a melhor
solução, nem sequer garantida, pois creio ser necessário fazer muito mais do que nele consta para
evitar a tragédia anunciada. Para que, então, renegociá-lo para se fazer menos?
E lembrei-me de uma história de cow-boys que
só naquela América se poderia passar. Uns bandidos entram na casa de uma senhora
que lhes pede para sairem dali porque têm as botas sujas de lama, ao que responderam
que não iriam sujar nada porque a lama estava bem limpa.
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