ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 23 de junho de 2017

UM OUTRO INCÊNDIO QUE É URGENTE ATALHAR!



O que está a vir à luz do dia acerca do que se passa no futebol português, parece dar forma a uma célebre afirmação atribuída a Luis Filipe Vieira, o Presidente do Benfica, de o mais importante ser colocar as pessoas certas nos lugares certos, bem como aos ataques concertados dirigidos por cartilhas, parece-me o rastilho de uma verdadeira bomba atómica prestes a explodir para não deixar pedra sobre pedra.
É que desta vez não se manterão dentro de portas os escândalos que já, um pouco por todas a parte deste mundo, nos envergonham.
São mails reveladores de ligações proibidas, de acções criminosas, de intimidades chocantes, de tráfico de influências e até, talvez de corrupção, são ataques pessoais e avisos prévios de propósitos de outros ainda mais violentos, são acusações de atitudes que tiram dignidade ao desporto profissional, suspeitas de influências de arbitragens nos resultados de jogos de futebol, enfim, coisas bastantes para uma guerra sem quartel a que o Governo parece assistir como se fosse cego e surdo e, por isso, ou por outras razões que desconheço, lhe não põe fim, consentindo uma auto-gestão perigosa e, quantas vezes, desrespeitadora dos princípios constitucionais a que deveria obedecer.
Começam a aflorar os desmandos que ao longo de muitos anos condicionaram o futebol português, ficando a nu atitudes e procedimentos de verdadeiras máfias e de mafiosos que, mau grado o seu passado criminoso e os comportamentos que os fazem arguidos em julgamentos de crimes contra toda a sociedade, continuam a merecer a deferência de tanta gente, até de quem não deveria permitir que fosse assim.
É isto o que parece ser e pode ser isto o que, realmente, é.
Por isso, para que apenas não pareça que o é mas, sobretudo, para que seja o que deve ser, para que a alma sã volte a ser a alma do desporto que o futebol deve continuar a ser, mesmo que aproveitado para chorudos negócios, os responsáveis pelos poderes deste país, tanto os que delegam competências que são suas e tantas vezes são adulteradas, como aqueles a quem compete investigar e julgar acções e comportamentos que pareçam ser impróprios, devem fazer o que for necessário para limpar a porcaria que parece inundar esta coisa suja em que parece ter-se tornado o futebol, punindo, severamente e com a independência própria da Justiça, os que por isso sejam responsáveis.
Não vejo outro modo de o futebol poder continuar a existir neste país nem de acabar com a desconfiança que se instalou, com as calúnias e com as atitudes que o desvirtuam, com os crimes que, por sua conta, se cometem, com o descontrolo em que tudo se encontra.


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