ACORDO ORTOGRÁFICO

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sábado, 5 de agosto de 2017

A CONSCIÊNCIA DO FUTURO



Tenho insistido, até me tenho repetido algumas vezes, nas questões ligadas às alterações climáticas por considerar as suas consequências como os problemas mais graves que temos de enfrentar em futuro muito próximo. Aliás, até enfrentamos já alguns!
Não invento nada no que digo e nem sequer exagero porque me baseio em factos notórios e em investigações científicas cujas conclusões são cada vez mais alarmantes.
Tenho procurado contribuir, mesmo que deste modo modesto porque de outro não disponho, para a consciencialização acerca de questões importantes para a nossa vida pessoal e colectiva através da denúncia da indiferença dos políticos, daqueles que deveriam cuidar de garantir um futuro melhor, mas que, em vez disso, insistem nos erros que nos conduziram até este ponto que cada vez mais se aproxima do não retorno, apesar dos muitos danos já sofridos.
As centenas de conferências, de cimeiras e de acordos sobre as alterações climáticas não produzem sensíveis efeitos para além da ilusão de que os políticos se preocupam com as suas consequências.
A verdade é que vivemos num mundo gravemente doente, numa situação que poderá tornar-se terminal e, mesmo assim, é com algumas “aspirinas” que os políticos fingem querer curá-lo! Acontece, até, que o presidente do país mais poderoso (?!) do mundo recusou, liminarmente, o último acordo, o de Paris, considerando as alterações climáticas uma invenção da China para prejudicar a productividade da América e, sendo assim, propõe-se intensificar a utilização de combustíveis fósseis para lhe devolver a grandeza de outrora!
É verdade que a política nunca foi feita de verdades nem de boas intenções, mas das ilusões que cada político insinua e nas quais baseia as promessas que faz para alcançar ou manter o poder.
Por isso tantas vezes já defini a política como “a arte de fazer parecer que é, aquilo que convém que fosse”.
E cada vez mais as mentiras são maiores e mais grave se torna acreditarmos nelas porque não estamos interessados na vida em que, pela Natureza, fomos condenados a “comer o pão semeado com o suor do rosto”.
De quem será o dever de fazer as mudanças que a prevenção do futuro exige urgentemente? Aos políticos que não dão mostras de ter a consciência de futuro que as circunstâncias impõem ou a quem os elege?

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