Tenho insistido, até me tenho repetido
algumas vezes, nas questões ligadas às alterações climáticas por considerar as
suas consequências como os problemas mais graves que temos de enfrentar em
futuro muito próximo. Aliás, até enfrentamos já alguns!
Não invento nada no que digo e nem sequer
exagero porque me baseio em factos notórios e em investigações científicas
cujas conclusões são cada vez mais alarmantes.
Tenho procurado contribuir, mesmo que deste
modo modesto porque de outro não disponho, para a consciencialização acerca de
questões importantes para a nossa vida pessoal e colectiva através da denúncia
da indiferença dos políticos, daqueles que deveriam cuidar de garantir um
futuro melhor, mas que, em vez disso, insistem nos erros que nos conduziram até
este ponto que cada vez mais se aproxima do não retorno, apesar dos muitos danos
já sofridos.
As centenas de conferências, de cimeiras e de
acordos sobre as alterações climáticas não produzem sensíveis efeitos para além
da ilusão de que os políticos se preocupam com as suas consequências.
A verdade é que vivemos num mundo gravemente
doente, numa situação que poderá tornar-se terminal e, mesmo assim, é com
algumas “aspirinas” que os políticos fingem querer curá-lo! Acontece, até, que
o presidente do país mais poderoso (?!) do mundo recusou, liminarmente, o
último acordo, o de Paris, considerando as alterações climáticas uma invenção
da China para prejudicar a productividade da América e, sendo assim, propõe-se
intensificar a utilização de combustíveis fósseis para lhe devolver a grandeza
de outrora!
É verdade que a política nunca foi feita de
verdades nem de boas intenções, mas das ilusões que cada político insinua e nas
quais baseia as promessas que faz para alcançar ou manter o poder.
Por isso tantas vezes já defini a política
como “a arte de fazer parecer que é, aquilo que convém que fosse”.
E cada vez mais as mentiras são maiores e
mais grave se torna acreditarmos nelas porque não estamos interessados na vida em
que, pela Natureza, fomos condenados a “comer o pão semeado com o suor do rosto”.
De quem será o dever de fazer as mudanças que
a prevenção do futuro exige urgentemente? Aos políticos que não dão mostras de
ter a consciência de futuro que as circunstâncias impõem ou a quem os elege?
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