A resposta à ameaça de Trump que prometeu “fogo
e fúria nunca vistos se a Coreia voltar a ameaçar os Estrados Unidos”, foi que “A
Força Estratégica do Exército (norte-coreano) está cuidadosamente a examinar um
plano operacional para fazer atingir áreas em redor de Guam com mísseis
balísticos de médio/longo alcance Hwasong-12, de modo a conter as bases
militares dos Estados Unidos em Guam, incluindo a base aérea Anderson”.
Para além disso, um novo relatório sobre a
actual capacidade nuclear da Coreia do Norte, afirma que esta já disporá ogivas
nucleares que pode usar nos mísseis intercontinentais que tem testado. Uma
verdadeira surpresa para quem esperava que a Coreia do Norte necessitaria,
ainda, de pelo menos um ano para dispor de tal poder.
Está, pois, criada uma situação da qual, se
nenhum voltar atrás no que disse, podem resultar consequências gravíssimas.
E não se verá muito bem como conter qualquer
destes dois “governantes” que têm o hábito de falar antes de pensar.
A Coreia do Norte terá dificuldades enormes
em superar as consequências do embargo contra ela decretado pelas Nações Unidas
e para o qual contribui o seu maior parceiro comercial e aliado, a China, uma
vez que reduzirá de um terço o valor das suas já poucas exportações.
A Coreia do Norte enfrenta, assim um problema
de sobrevivência da sua fraca economia e poucas dúvidas haverá acerca de como
procurará superá-lo, estando na linha da frente as ameaças como a que acaba de
fazer em resposta à de Ronald Trump.
Em face das características dos dois “governantes”,
qual deles o menos sensato, não será exagero recear o pior que, embora convencido
de que todo o resto do mundo vai tentar evitá-lo ou matar à nascença, não deixará
de criar uma situação sem precedentes que facilmente se poderá descontrolar.
Não posso deixar de levar em conta, tanto as
confusões políticas que enredam Trump como a irresponsabilidade gabarola de Kim
Jong-un, poderão dar lugar a estados de espírito que facilmente levam a cometer
loucuras, além da credibilidade que o Presidente dos Estados Unidos tem de ter
lhe tornar difícil um retrocesso, muito maios do que a irresponsabilidade de Kim
Jong-un lhe permite.
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