ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

RISCOS



Hoje, numa crónica que li, alguém coloca a alternativa, fazer a guerra ou aprender a coexistir com Kim nuclear?
Não faço ideia de como se pode coexistir com um miúdo irreverente e com alma de tirano que faz das ameaças constantes a sua força, e muito menos como não perder a paciência com um ditadorzinho idiota que gasta mais de metade do seu já curto orçamento a brincar às guerras, a fabricar armas de destruição cada vez mais perigosas, em vez de proporcionar ao seu povo uma vida melhor do que a paupérrima vida que vive e nem se pode dizer que seja viver.
Obviamente que a guerra é um mal terrível, um vício que parece ser inato, talvez por isso Caim matou Abel, um confronto trágico no qual nunca há vencedores. Apenas os mais e os menos vencidos.
Coexistir pacificamente com Kim nuclear? Como será possível se ele apenas sabe brincar às guerras?
Nem imagino se ele saberá que existem outras formas de viver.
Como ter paciência como menino chato que passa a vida a chatear?
Os tempos do “make love not war” passaram sem que produzissem efeito, talvez porque não é fácil estar para isso disponível com um monstro irreverente e empertigado.
Seria como que ter de fazer as vontades todas ao menino enquanto ele se diverte com os seus jogos assustadores.
E é neste momento que me lembro de uma anedota muito velhinha que conta que, cansados das exigências constates do seu filho, uns pais recorreram a um psicólogo que lhes disse que seria muito perigoso contrariá-lo, pois isso o marcaria para sempre.
E ficaram os pobres pais convencidos de que teriam de suportar o fadário de lhes fazer todas as vontades…
Um dia, perguntando-lhe a mãe o que queria para o almoço, o rapazinho respondeu querer merda frita!
E por não dever contrariá-lo lá arranjou a mãe maneira de cozinhar tão estranho petisco…
Chegado à mesa, o filho pediu à mãe para prova-lo. Depois perguntou: então sabe bem? Ao que a mãe respondeu que sabia àquilo que era.
O rapaz depressa disse “se é assim, não quero!”.
É o risco de coexistir pacificamente, em vez de educar, com um malcriado idiota.


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