ACORDO ORTOGRÁFICO

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domingo, 6 de agosto de 2017

OS CRIMINOSOS QUE SOMOS



Um velho ditado índio diz que “pedimos a Terra emprestada aos nossos filhos, a quem a devemos devolver em boas condições para nela viverem”.
Este modo de dizer, próprio da sabedoria de quem viveu em perfeita harmonia com o seu meio ambiente que respeitavam e utilizavam de um modo controlado, garantindo a sua conservação para que lhes assegurasse a satisfação das suas necessidades para viver, aponta-nos uma verdade inquestionável, a de sermos responsáveis pelas condições de vida de quem pomos neste mundo.
Não garantir boas condições de vida àqueles de quem dizemos serem os nossos maiores amores, antes lhes legando um ambiente exaurido, degradado e intoxicado pelos nossos vícios de consumo excessivo, onde enfrentarão problemas enormes para sobreviver, é um crime desumano que a nossa hipocrisia pretende disfarçar na afirmação de estarmos a transformar este nosso corrompido mundo no melhor dos mundos.
E foi da boca de quem governa o país da gente que a esses povos sábios roubou a terra e a dignidade que ontem ouvi enormes barbaridades sobre o retorno à grandeza da América as quais, somadas a tantas outras que já disse, mostram bem o predador que é porque está a intensificar as causas da degradação já causada, assim a tornando maior.
Curioso é como os outros povos lhe consentem tais propósitos, como aconteceu na última reunião do G20, aceitando que desonrasse compromissos assumidos para controlar as causas dos problemas que já enfrentamos, tornando-se, assim, cúmplices do crime monstruoso que comete.
E se juntarmos a tais atitudes o propósito de aumentar o arsenal nuclear americano até ao ponto de fazer o resto do mundo “ter juízo”, facilmente nos aperceberemos da autêntica loucura que comanda a cabeça de quem talvez seja o anti-Cristo de que fala o Apocalipse, o qual será derrotado pela Natureza a que pertence, mas da qual se julga o dono.
Todos seremos derrotados com ele, porque, seja lá pelo que for, lhe consentimos as agressões que faz e nos expõem, cada vez mais, aos perigos que já nos esperam ao virar a esquina.

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