A notícia de primeira página do Diário de
Notícias de hoje, “AGORA É A CRÉDITO”, significa que, hoje, os recursos do Planeta
para 365 dias, chegaram ao fim.
Aliás, ano após ano, mais cedo se esgotam
tais recursos, pois mais intenso é o consumo que a economia crescente impõe e a
ambição humana reclama.
Utlizando a designação “PEGADA ECOLÓGICA” que
significa o impacto produzido pelas actividades humanas no Ambiente,
verificamos que ela se vem tornando sucessivamente maior e é já muito superior
à que corresponderia à utilização equilibrada dos recursos que o Planeta em que
vivemos nos proporciona.
Na avaliação da “pegada ecológica”, para além
da área arável utilizada na produção de alimentos para a população do Planeta e
da área verde disponível para absorção do CO2 produzido pela actividade
económica, há que considerar, também, a área florestal para fornecer recursos
naturais, assim como com a capacidade do Planeta para absorver os resíduos
gerados para produzir novos recursos úteis.
Para evitar que a “pegada ecológica” se torne
ainda maior e, se ainda possível, se aproximar da que corresponde a uma
situação de equilíbrio, será necessário reduzir significativamente o consumo,
aproximando-o do que corresponde às necessidades essenciais de sobrevivência
através de atitudes tais como economia de energia, reciclagem dos resíduos, redução
dos desperdícios incluindo os de alimentos, redução sensível da utilização de
combustíveis fósseis, etc, um conjunto de medidas contrárias às que o
crescimento continuado da economia exige para que não entre em colapso.
Não será já fácil evitar este colapso do qual,
como tudo o mostra, nos aproximamos muito rapidamente, mas mais difícil será
abdicar dos hábitos viciosos adquiridos nesta ânsia de consumo que muito excede
aquele que as naturais necessidades reclamam.
As crises económicas não são mais do que
sintomas desta doença de excessos que se procura contrariar com medidas
expeditas e fantasiosas, o que as afasta por algum tempo, tendo eu podido
verificar, ao longo das muitas dezenas de anos que já vivi, que a sua
frequência é cada vez maior, até esta crise que poderá ser a final que, a nível
mundial, se não supera e cada vez mais se agrava.
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