Uns
dizem que os jihadistas do ISIS, perante as perdas sofridas no território do
seu “califado”, já mais de 40%, pretendem deslocar o campo de operações para a
Europa, enquanto outros afirmam não passarem as operações na Europa de simples
manobras de diversão e de amedrontamento que aliviem a pressão que sofrem no que
consideram ser o seu espaço que pretendem alargar pela Península Ibérica.
Por
sua vez, a Europa não encontra uma via comum para combater o flagelo a que o
ISIS a condenou, na invasão de refugiados e nos atentados que fazem, procedendo cada um dos seus membros como bem entenda.
É
mais uma oportunidade que demonstra as fragilidades de uma união já antes pouco unida e da qual cada um se serve do modo que melhor defenda os seus interesses particulares, sem dar-se conta de um interesse comum bem maior que apenas em conjunto podem defender.
Depois
do descalabro do Euro cujo fim se não sabe, ainda, qual venha a ser, outras
razões levam alguns membros de uma União Europeia que nunca chegou a sê-lo, a
questionar o interesse de a ela pertencer.
E
não há num grupo, seja ele qual for, nada que mais o enfraqueça do que as
desavenças internas, a falta de cooperação e de um ideal comum.
Onde
está o ideal comum da Europa? Onde está a União deste espaço populoso que foi a
luz do mundo?
Não
me parece ver, seja onde for desta Europa descontrolada, qualquer interesse
forte para fazer dela o que deveria ser, um espaço de bem-estar, de conforto e
de paz.
O
Reino Unido poderá ser o primeiro membro a deixar este grupo de desencontrados,
assim encorajando outros onde, todos o sabemos, os inconvenientes de estar na Europa
começam a incomodar cada vez mais gente que veria com bons olhos uma saída
também.
E
será esta a vitória maior do ISIS que, apenas lançando a confusão num espaço já
confuso, destruirá a única força que, no mundo, o poderia enfrentar!
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