Pouco
se me dá que seja o Sócrates, o Vara, o Lula ou a Dilma ou, ainda, outro
qualquer, pois só me interessa que, de uma vez por todas, a Justiça, aqui ou
seja onde for, deixe de se entreter apenas com coisas vulgares para se ocupar dos
ídolos com pés de barro, pessoas como outras quaisquer, entre as quais vigaristas ou bandidos como outros quaisquer pode haver, ou bem
piores até, pelas vantagens que as condições que criam lhes consentem.
Poderemos
nós, os cidadãos que pagam os impostos que alimentam o Estado, continuar à
mercê de quem decida gastá-los também em seu proveito?
Já
é demais o tempo em que dura o medieval hábito de sacar dinheiro ao povo para
encher os cofres dos senhores, mas tal tem de acabar.
Basta
de tretas, a Justiça tem de renascer com a coragem de enfrentar os que a
dominavam, os que, com seus poderes, a amestravam nas práticas de subserviência
que os deixava à solta.
Começa
a Justiça nobre a irromper pelos “impérios” dos que dela se julgavam senhores,
levando em boa conta o que eles próprios disseram na argumentação que faziam na
luta pelo poder, nas razões pelas quais convenceram tantos a entregar-lhes as
chaves do cofre da fortuna, permitindo-lhes usá-lo como bem entendessem.
Mas
a democracia tem regras a cumprir, pelas quais todos devemos zelar em vez de
nos deixarmos seduzir pelas migalhas que nos atiram para nos calar. E uma delas
é exigir daqueles a quem confiámos a nossa quota parte de poder que dele faça
bom uso em nosso proveito e não em proveito próprio, como os factos mostram que
muitos fazem ou terão feito.
Depois
não me digam que não há coincidências…
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