ACORDO ORTOGRÁFICO

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sábado, 19 de março de 2016

UMA OUTRA RENASCENÇA



Pouco se me dá que seja o Sócrates, o Vara, o Lula ou a Dilma ou, ainda, outro qualquer, pois só me interessa que, de uma vez por todas, a Justiça, aqui ou seja onde for, deixe de se entreter apenas com coisas vulgares para se ocupar dos ídolos com pés de barro, pessoas como outras quaisquer, entre as quais vigaristas ou bandidos como outros quaisquer pode haver, ou bem piores até, pelas vantagens que as condições que criam lhes consentem.
Poderemos nós, os cidadãos que pagam os impostos que alimentam o Estado, continuar à mercê de quem decida gastá-los também em seu proveito?
Já é demais o tempo em que dura o medieval hábito de sacar dinheiro ao povo para encher os cofres dos senhores, mas tal tem de acabar.
Basta de tretas, a Justiça tem de renascer com a coragem de enfrentar os que a dominavam, os que, com seus poderes, a amestravam nas práticas de subserviência que os deixava à solta.
Começa a Justiça nobre a irromper pelos “impérios” dos que dela se julgavam senhores, levando em boa conta o que eles próprios disseram na argumentação que faziam na luta pelo poder, nas razões pelas quais convenceram tantos a entregar-lhes as chaves do cofre da fortuna, permitindo-lhes usá-lo como bem entendessem.
Mas a democracia tem regras a cumprir, pelas quais todos devemos zelar em vez de nos deixarmos seduzir pelas migalhas que nos atiram para nos calar. E uma delas é exigir daqueles a quem confiámos a nossa quota parte de poder que dele faça bom uso em nosso proveito e não em proveito próprio, como os factos mostram que muitos fazem ou terão feito.
Depois não me digam que não há coincidências…

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