Todos
se afadigam a tentar saber se Marcelo será e, se for, como o será, diferente de
Cavaco!
E
lá vêm os opinadores do costume, aqueles de quem bem se lhes conhece a opinião,
de tal modo que quase seríamos capazes de, por eles, escrever o discurso que, a
propósito, fazem.
Salvo
uma excepção ou outra, todos sacrificam o homem de Boliqueime que, pouco dado a
originalidades para além daquela “rodagem” casual que fez à Figueira da Foz em
tempo de Congresso, talvez tenha feito o que muitos outros fariam, outros nem
sequer seriam capazes de fazer mas, mesmo assim, criticaram o que consideraram
ser seus erros que jamais disseram como não os cometeriam.
Não
sou, mais uma vez o digo, um fã incondicional de Cavaco, mas ainda sou menos dos palavrosos
que dão razão a quem diz que “quem sabe faz, quem não sabe comenta”.
Este
país original, onde qualquer “poeta” é um sábio, tem a pouca sorte de apenas se
interessarem pela política os “incapazes” porque os que seriam capazes de fazer
bem feito preferem a irresponsabilidade de ser comentadores.
Ora,
acontece, que, desta vez, é Presidente alguém que também foi comentador. Mas
não só…
Mas
foi um comentador especial que umas vezes me pareceu bem, outras nem tanto e, outras
ainda, me fez dele discordar. Mas que foi diferente, foi.
Uma
diferença que agora mais se nota e notará porque decidiu fazer, não se coibiu
de ser o mais alto magistrado quando o país corre sérios riscos e o mundo se
encontra à beira de uma mudança profunda. Creio que Marcelo sabe disso e
rapidamente se aperceberá do que não sabe ainda.
Naturalmente,
será diferente de Cavaco, muito diferente.
Tão
diferente que surpreenderá quem dele espera o que não vai fazer porque, a mim,
profundamente me desiludiria se o fizesse!
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