ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 4 de março de 2016

A PONTE – UMA TERRÍVEL EFEMÉRIDE



Há 15 anos caiu a ponte Hintze Ribeiro sobre o Rio Douro, lançando nas águas revoltas da sua enchente e atirando para a morte dezenas de seres humanos que, confiadamente, por ela transitavam.
Ao Estado compete garantir a segurança das infra-estrutras que constrói, o que deveria ser penhor de segurança.
Tanto já escrevi sobre este infausto acontecimento que mal ficaria insistir para dizer o mesmo quanto às razões que levaram a uma tragédia que ainda hoje me comove!
A Engenharia Portuguesa não ficará bem no retrato que a história fará deste acontecimento pelo modo como procurou as suas razões, como também a política portuguesa não ficará bem recordada, pela ridícula demissão de um ministro das Obras Públicas que, possivelmente, jamais fez ideia do que realmente seja uma ponte para além do que dela possa ver e menos ideia faria, ainda, das razões que a fizeram ruir.
Num aparecimento patético na televisão, com um discurso sem sentido e com a única razão de que “a culpa não pode morrer solteira”, o ministro demitiu-se! E lavou as mãos do assunto.
Talvez por isso, alguém que me pareceu ansioso por sair do lugar incómodo que ocupava, resolveu “casar com a culpa”
E nunca mais a culpa foi encontrada.
Assim, uma razão de ser não muito difícil de explicar, tornou-se num quebra cabeças ridículo que a engenharia portuguesa não soube esclarecer.
Afinal, o que fez cair a ponte Hintze Ribeiro?
Já dei a minha opinião por diversas vezes, até mesmo neste blogue.
Por isso não o farei de novo.
Apenas presto a minha homenagem às vítimas de um acontecimento evitável e que, por isso, jamais deveria ter acontecido.
A minha simpatia vai, também, para as famílias e para os amigos que os perderam e que, tal como eu, os não esquecem.

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