Há
15 anos caiu a ponte Hintze Ribeiro sobre o Rio Douro, lançando nas águas revoltas da sua enchente e
atirando para a morte dezenas de seres humanos que, confiadamente, por ela transitavam.
Ao Estado compete garantir a segurança das infra-estrutras que constrói, o que deveria ser penhor de segurança.
Ao Estado compete garantir a segurança das infra-estrutras que constrói, o que deveria ser penhor de segurança.
Tanto
já escrevi sobre este infausto acontecimento que mal ficaria insistir para
dizer o mesmo quanto às razões que levaram a uma tragédia que ainda hoje me
comove!
A
Engenharia Portuguesa não ficará bem no retrato que a história fará deste
acontecimento pelo modo como procurou as suas razões, como também a política
portuguesa não ficará bem recordada, pela ridícula demissão de um ministro das Obras
Públicas que, possivelmente, jamais fez ideia do que realmente seja uma ponte
para além do que dela possa ver e menos ideia faria, ainda, das razões que a
fizeram ruir.
Num
aparecimento patético na televisão, com um discurso sem sentido e com a única
razão de que “a culpa não pode morrer solteira”, o ministro demitiu-se! E lavou as
mãos do assunto.
Talvez
por isso, alguém que me pareceu ansioso por sair do lugar incómodo que ocupava, resolveu “casar
com a culpa”.
E nunca mais a culpa foi encontrada.
E nunca mais a culpa foi encontrada.
Assim,
uma razão de ser não muito difícil de explicar, tornou-se num quebra cabeças
ridículo que a engenharia portuguesa não soube esclarecer.
Afinal,
o que fez cair a ponte Hintze Ribeiro?
Já
dei a minha opinião por diversas vezes, até mesmo neste blogue.
Por
isso não o farei de novo.
Apenas
presto a minha homenagem às vítimas de um acontecimento evitável e que, por
isso, jamais deveria ter acontecido.
A
minha simpatia vai, também, para as famílias e para os amigos que os perderam e
que, tal como eu, os não esquecem.
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