No
EXPRESSO CURTO que Nicolau Santos hoje publicou, no primeiro dia de Marcelo
Rebelo de Sousa como Presidente da República Portuguesa, pode ler-se, entre
diversas outras coisas:
“Marcelo tem mantido uma posição ambígua
sobre o Acordo Ortográfico, mas escreveu um artigo de opinião para o Expresso, já depois de ter sido
eleito, com a ortografia anterior ao AO, e o livro do fotógrafo Rui Ochôa sobre
a sua campanha presidencial, que ele próprio prefaciou, chama-se “Afectos” e
está igualmente escrito na ortografia pré-acordo.
Quer isto dizer que o novo
Presidente vai reabrir a questão do Acordo Ortográfico? Pelo menos é o
que desde já lhe pede o presidente da Academia de Ciências de Lisboa, Artur
Anselmo e que lembra que há “coisas incompreensíveis e inaceitáveis” no
Acordo Ortográfico e que não “não há afecto mais forte do que o da língua”. Do
além, Vasco Graça Moura muito lhe agradeceria, ele que batalhou incessantemente contra este Acordo Ortográfico,
que para ele significava “a perversão intolerável da língua portuguesa”.
Eu acrescentaria aqui Fernando Pessoa que, um dia, afirmou, "a língua portuguesa é a minha Pátria" e não gostaria de a ver maltratada!
Eu acrescentaria aqui Fernando Pessoa que, um dia, afirmou, "a língua portuguesa é a minha Pátria" e não gostaria de a ver maltratada!
Há
muito que não leio o que Marcelo escreve porque os tempos do “página dois” do Expresso
há muito que já lá vai.
Agora,
é mais ouvi-lo e, assim, seria difícil aperceber-me de pormenores que me
revelassem que não havia abdicado da evolução normal da língua portuguesa e,
por isso e tal como eu faço, não cedeu à tentação idiota de abastardar o
português!
Foi
um autêntico insucesso o “acordo” e não só isso!
Do
que Nicolau Santos escreveu apenas não entendi o “ambígua”, para mim não
aplicável a quem, decididamente, não aplica o (des)acordo ortográfico sem nexo
que umas cabecinhas tontas inventaram.
Assim,
é com gosto que venho crescer o número dos descontentes com uma palhaçada sem
sentido e ficaria feliz se reabrisse um debate em que, definitivamente, o povo
português, em vez dos investigadores da vírgula do Ministério da Educação, dissesse se
quer ou não desvirtuar a sua escrita e, porventura até, o sem modo de falar.
POR
ISTO FIQUEI COM UMA LEVE ESPERANÇA DE QUE MARCELO CONTRIBUA PARA UM ACTO
DECISIVO QUE DESATE ESTE NÓ QUE DERAM NA LÍNGUA!
Seria
uma óptima notícia.
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