ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

quinta-feira, 10 de março de 2016

NO PRIMEIRO DIA DO NOVO PRESIDENTE, A VELHA QUESTÃO DO (des)ACORDO ORTOGRÁFICO



No EXPRESSO CURTO que Nicolau Santos hoje publicou, no primeiro dia de Marcelo Rebelo de Sousa como Presidente da República Portuguesa, pode ler-se, entre diversas outras coisas:

Marcelo tem mantido uma posição ambígua sobre o Acordo Ortográfico, mas escreveu um artigo de opinião para o Expresso, já depois de ter sido eleito, com a ortografia anterior ao AO, e o livro do fotógrafo Rui Ochôa sobre a sua campanha presidencial, que ele próprio prefaciou, chama-se “Afectos” e está igualmente escrito na ortografia pré-acordo.
Quer isto dizer que o novo Presidente vai reabrir a questão do Acordo Ortográfico? Pelo menos é o que desde já lhe pede o presidente da Academia de Ciências de Lisboa, Artur Anselmo e que lembra que há “coisas incompreensíveis e inaceitáveis” no Acordo Ortográfico e que não “não há afecto mais forte do que o da língua”. Do além, Vasco Graça Moura muito lhe agradeceria, ele que batalhou incessantemente contra este Acordo Ortográfico, que para ele significava “a perversão intolerável da língua portuguesa”.
Eu acrescentaria aqui Fernando Pessoa que, um dia, afirmou, "a língua portuguesa é a minha Pátria" e não gostaria de a ver maltratada!

Há muito que não leio o que Marcelo escreve porque os tempos do “página dois” do Expresso há muito que já lá vai.
Agora, é mais ouvi-lo e, assim, seria difícil aperceber-me de pormenores que me revelassem que não havia abdicado da evolução normal da língua portuguesa e, por isso e tal como eu faço, não cedeu à tentação idiota de abastardar o português!
Foi um autêntico insucesso o “acordo” e não só isso!
Do que Nicolau Santos escreveu apenas não entendi o “ambígua”, para mim não aplicável a quem, decididamente, não aplica o (des)acordo ortográfico sem nexo que umas cabecinhas tontas inventaram.
Assim, é com gosto que venho crescer o número dos descontentes com uma palhaçada sem sentido e ficaria feliz se reabrisse um debate em que, definitivamente, o povo português, em vez dos investigadores da vírgula do Ministério da Educação, dissesse se quer ou não desvirtuar a sua escrita e, porventura até, o sem modo de falar.
POR ISTO FIQUEI COM UMA LEVE ESPERANÇA DE QUE MARCELO CONTRIBUA PARA UM ACTO DECISIVO QUE DESATE ESTE NÓ QUE DERAM NA LÍNGUA!
Seria uma óptima notícia.

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