Como
tantas vezes já disse, a “economia” não é uma “ciência” que eu domine. E nem
sequer me convence.
Talvez
seja melhor dizer que a economia me parece desajustada da realidade, com
teorias e técnicas que se não adaptam já às condições em que vivemos.
Desde
Smith, Keynes e outros, diversos foram os que contribuíram para o
desenvolvimento de técnicas que hoje se revelam inócuas, incapazes de resolver
os problemas que era suposto resolverem.
Talvez
por isso, há mais de 10 anos que uns aconselham que se faça assim, enquanto
outros dizem ser melhor de um outro modo qualquer e até “Prémios Nobel” dão
palpites que não resultam nesta economia global que se mantém à deriva.
Onde
está aquele polo vigoroso do Pacífico que substituiria o do Atlântico? Onde
estão aquelas poderosas economias emergentes que iriam dominar o mundo e já se tinham fortalecido ao ponto de só um enorme cataclismo as poder deitar abaixo? Onde
está a riqueza que iria acabar com a pobreza?
Onde está aquela economia próspera que todos esperam?
Onde está aquela economia próspera que todos esperam?
De
vez em quando lá vem um que julga ter descoberto a pólvora e faz um foguete que
acaba a rebentar-lhe nas mãos.
O
que vale é que haverá sempre quem imprima moeda e mais moeda e a ceda aos
mercados ao preço da uva mijona ou até sem preço, como em sucessivas
transfusões que jamais resolvem o problema de uma hemorragia que não estanca
mais. E lá parece que o “doente” quer arrebitar, mas depressa se vai abaixo, de
novo.
O
dinheiro, por maior que seja a quantidade que lancem nos mercados, nunca chega
para o que dizem ser preciso e, sejam quais forem os esforços desenvolvidos, os
protestos continuam, por isto ou por aquilo.
Mas
parece-me estranho que, com cada vez mais dinheiro em circulação, os produtores
reclamem pelos baixos preços cada vez mais baixos que lhe pagam e não chegam
para as despesas que têm, ameaçando não poder continuar com a produção,
enquanto ali do lado nos chegam refugos de produções a preços tão absurdamente
baixos que nem dariam para os transportar!
Mas
os impostos disfarçados de um modo ou de outro vão crescendo e a vida vai
atingindo um grau de dificuldade que as promessas incumpríveis que nos fazem já
não disfarçam.
Ano
após ano, o FMI ou outras entidades quaisquer, daquelas que controlam o mundo
financeiro, revêem em baixa as contas que fazem para chegarem à conclusão de
que este ano será pior, porque aquele crescimento que se esperava
se tornou numa miragem.
Quando
será que se convencem que terão de mudar de disco que ajuste a “economia” às
condições reais que o tempo foi mudando?
Ou ainda não estarão convencidos de que as coisas mudaram?
Ou ainda não estarão convencidos de que as coisas mudaram?
Estamos
fartos de austeridade. Mas quem sabe se não teremos de nos habituar à penúria!
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