ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 30 de março de 2016

O IRMÃO FIDEL…



Ainda me lembro daquela situação deplorável de Cuba no tempo em que Fulgêncio Baptista era o ditador e do dia 1 de Janeiro de 1959, quando ele foi deposto pelo Movimento 26 de Julho liderado pelo galego Fidel Castro.
Depois disso, longos tempos de dificuldades os cubanos já viveram, provocados por muitas tropelias em que se incluem a dependência que aceitou em relação à ex-União Soviética que poderia ter provocado a 3ª guerra mundial quando aconteceu a crise dos mísseis que ali estavam a ser instalados para atacar os Estados Unidos. Depois, o bloqueio que, em consequência, os americanos montaram.
Um regime que provocou refugiados, divisões de famílias e uma situação de submissão total que os intermináveis discursos de Fidel provocava, foram algumas das nefastas consequências.
Tenho agora a esperança de poder ver, ainda na minha vida, o fim de um processo deplorável que tornou miserável a maioria dos cubanos cujo nível de vida é dos mais baixos do mundo.
Lamento que um Fidel já decrépito e fora do processo que pode retirar Cuba do isolacionismo que tem vivido, com todas as más consequências que acarreta, rejeite esta aproximação com a sobranceria que recusa a mão que se estende a um povo que dela muito precisa urgentemente. A mão de todo o mundo.
Sentirá ele, a quem nada falta nem alguma vez faltou, as mesmas dores dos que ele catequizou com os discursos de ódio aos americanos que debitou milhares de vezes?
Não sente com certeza e, por isso, afirma que “os cubanos rejeitam as dádivas do Império”!
E o que diz o povo?
Os mais velhos que ele tão bem catequizou, alguns por uma tola convicção e outros pelo medo que ainda sentem pelo não alinhamento obrigatório com as ideias do grande chefe, podem apoiar a tese intolerante e isolacionista do “El Comandante”, mas os jovens, aqueles para quem o futuro é o mais importante, já se não coíbem de denunciar um regime que foi de terror, de práticas que foram desumanas, de uma vida que é dura e complicada e, preferem, claramente, a convivência pacífica e frutuosa que a regularização das relações entre os dois países trará.
E faria algum sentido se não fosse assim?

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