Ainda
me lembro daquela situação deplorável de Cuba no tempo em
que Fulgêncio Baptista era o ditador e do dia 1 de Janeiro de 1959, quando ele
foi deposto pelo Movimento 26 de Julho liderado pelo galego Fidel Castro.
Depois
disso, longos tempos de dificuldades os cubanos já viveram, provocados por
muitas tropelias em que se incluem a dependência que aceitou em relação à
ex-União Soviética que poderia ter provocado a 3ª guerra mundial quando
aconteceu a crise dos mísseis que ali estavam a ser instalados para atacar os
Estados Unidos. Depois, o bloqueio que, em consequência, os americanos montaram.
Um regime que provocou
refugiados, divisões de famílias e uma situação de submissão total que os intermináveis discursos de Fidel provocava, foram algumas das nefastas consequências.
Tenho agora a esperança de poder ver, ainda na minha vida, o fim de um processo
deplorável que tornou miserável a maioria dos cubanos cujo nível de vida é dos
mais baixos do mundo.
Lamento
que um Fidel já decrépito e fora do processo que pode retirar Cuba do isolacionismo
que tem vivido, com todas as más consequências que acarreta, rejeite esta aproximação com a sobranceria que recusa a mão que
se estende a um povo que dela muito precisa urgentemente. A mão de todo o mundo.
Sentirá
ele, a quem nada falta nem alguma vez faltou, as mesmas dores dos que ele catequizou com os discursos
de ódio aos americanos que debitou milhares de vezes?
Não
sente com certeza e, por isso, afirma que “os cubanos rejeitam as dádivas do
Império”!
E
o que diz o povo?
Os
mais velhos que ele tão bem catequizou, alguns por uma tola convicção e outros pelo
medo que ainda sentem pelo não alinhamento obrigatório com as ideias do grande chefe, podem
apoiar a tese intolerante e isolacionista do “El Comandante”, mas os
jovens, aqueles para quem o futuro é o mais importante, já se não coíbem de
denunciar um regime que foi de terror, de práticas que foram desumanas, de uma
vida que é dura e complicada e, preferem, claramente, a convivência pacífica e
frutuosa que a regularização das relações entre os dois países trará.
E
faria algum sentido se não fosse assim?
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