Não
é difícil reparar como as questões mais importantes quase passam despercebidas
no FB onde mais se cuida do ego e de trivialidades do que das coisas sérias que
estão a acontecer no mundo.
É
um retrato da maioria e das suas preocupações, é a caixa ressonância de
políticos à procura de notoriedade, é o altar da “geringonça” que nada diz dos
problemas sérios que, muito em breve, nem saberemos como os tratar.
No
FB ninguém espera por nada que não seja de pouco interesse ou o quarto de hora
de fama de cada um.
Mas
neste mundo cada vez mais confuso, continuamos à espera de Godot, o personagem
que Becket criou em 1940, ainda que apenas o tenha publicado em 1952, por quem
todos esperam sem saber quem seja nem o que dele possam querer.
Desde
há anos já que publico as minhas reflexões no blogue que para tal criei e onde,
sem qualquer ordem ou regra, registo o que, a cada momento, me parece mais
relevante.
É
certo que os poucos leitores que tenho, não passam de uma quantas centenas mas
espelhados por todo o mundo, me continuam a seguir e estão fartos de saber as
preocupações que sinto e os problemas que mais temo neste mundo de políticos idiotas
que não são capazes de preocupar-se com outros prolemas que não sejam a
politiqueirice em que são mestres.
O
que virá depois, que interesse terá para eles que, entretanto, vão pondo a bom
recato, ainda não sei para que, as fortunas que acumulam e que para nada lhes
servirão porque não são sequer vento que um turbilhão espalhou, não fazemos ideia. Nem eles, talvez...
É
assim o mundo que criámos mas que, um dia não mundo distante, pode morrer de
uma síncope que ninguém, imagine-se, esperava!
Os
mais novos não se aperceberão das mudanças que se notam por toda a parte e nos
comportamentos, nas leviandades que são cada vez maiores, nem fazem ideia dos
perigos que os espreitam. Para eles sempre tudo foi assim.
Os
copos das Sextas-Feiras limpam as preocupações menores que os afrontam e outros
divertimentos dão-lhe os motivos de confrontação que não dispensam.
Serão,
alguma vez capazes de cooperar nas situações de graves riscos que se aproximam?
Não
sei.
Quem
sabe Godot chegue um dia, abra a mala e dela tire as soluções que não temos. Mas,
por mais que o deseje em nome dos que deixarei neste mundo, duvido!
Becket não o deixou ficar por cá.
Becket não o deixou ficar por cá.
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