ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 10 de junho de 2016

O PERIGO QUE PODE VIR DE ALMARAZ



A menos de duas horas da fronteira portuguesa, a central nuclear de Almaraz, situada na Província de Cáceres e equipada com dois reactores já muito antigos e nos quais se verificaram já diversos problemas ao longo dos seus 35 anos de funcionamento, é cada vez mais motivo de preocupação.
A central utiliza as águas do Rio Tejo nos seus circuitos de refrigeração, do que podem resultar perigos graves para toda a zona a jusante, já que eventuais falhas podem contaminar o maior caudal de água da Península Hibérica.
É o temor por esses perigos que já levou a manifestações diversas ao longo do tempo e, também, à que amanhã (Sábado) acontecerá em Cáceres e na qual participarão mais de quinhentos portugueses e, com certeza, um número muito maior de espanhóis.
O perigo é real e não desprezável e pode por em risco a saúde de milhões de pessoas, incluindo os habitantes de Lisboa.
Infelizmente são bem conhecidas as consequências gravíssimas e prolongadas de acidentes em centrais nucleares ocorridos em algumas bem mais modernas e, em princípio, mais seguras do que Almaraz.
Há muito que o Governo português deveria ser mais firme quanto às exigências de segurança que um caso destes requer, tanto mais que a captação de água para abastecimento à região de Lisboa, densamente povoada, como também parte da Estremadura espanhola onde se situa a Central de Almaraz, é feita na mesma linha de água, o Rio Tejo, onde é descarrega a água utilizada na refrigeração dos reactores atómicos, tanto mais que a Assembleia da República Portuguesa já manifestou, também, as suas preocupações.
Uma pequena fuga de radioactividade e sérios problemas acontecerão se tal suceder, pelo que estar, pelo menos em espírito, com os que pessoalmente se vão manifestar, é um dever de todos nós.

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