( os exageros servem para chamar a atenção)
Ainda
não percebi bem para que servem aqueles programas em que o moderador escolhe um
assunto, um desses que por aí andam na berra e depois, cada um dos participantes,
puxando a brasa à sua sardinha, disseca como entender, por vezes com argumentos
que são de bradar aos céus, quantas vezes contrários, em absoluto, a outros que ali
já apresentaram noutras circustâncias.
Uns
aqui, outros ali, porque cada canal tens os seus sabe-tudo, lá vão fazendo os
seus comícios, usando os mesmos argumentos mil vezes já usados. As chamadas "cassetes" em política tão usadas.
Autênticas
conversas de café, onde os conversadores que usam os mesmos argumentos que os
seus “heróis” já debitaram na Assembleia da República ou noutro lado qualquer,
não convencerão senão os já convencidos, porque numa política sem novidades senão
as que resultam de como se misturam os restos, como naquele prato tão económico
e tão típico a que chamam “roupa velha”, não há criatividade e o
desconhecimento do que realmente possa influenciar a política portuguesa, assim
como a do resto do mundo, é o que demonstram na ignorância que, certas
barbaridades que dizem, demonstram.
Não
é promovendo a incultura que se cultiva um povo como uma democracia bem vivida exigiria,
não será ignorando os graves problemas do mundo que eles deixam de existir,
como não será interrompendo o parceiro que fala, usando um tom de voa mais alto,
que se tem mais razão. Tal como não é debitando estatísticas inventadas ou
invocando “estudos” cuja fiabilidade se desconhece ou é, pelo menos, duvidosa, que
fica demonstrada a razão que possamos ter.
Enfim,
não passam de programas de televisão baratos, económicos como estes tempos de
crise recomendam, mas que nada fazem além de complicá-la ainda mais.
Eu
penso que este tipo de televisão deseduca o povo, mas também há quem lhe
reconheça virtudes. De um tal Pedro Bial, que eu não conheço de lado algum,
cita-se esta frase “Eu adoro ver televisão. E gosto de ver coisa ruim, os
piores programas. É onde aprendo mais”.
Só
não consegui saber o que faz com o que aprende ali!
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