Provocou-me
uma profunda tristeza a notícia da morte de Alvin Tofler.
Conheci-o
em “O choque do futuro” que escreveu em 1970 e foi uma previsão notável do que
se seguiria, no qual reflecte sobre o impacte que a evolução tecnológica e sobrecarga
de informação que traz consigo, terá sobre uma Humanidade sedenta de novidades
e que, por elas, se torna desapegada do que antes a fez feliz.
Entre
a menina do passado, de quem a boneca de sempre fazia as delícias, era a companheira
inseparável dos jogos que jogava e, a seu lado, dormia as noites tranquilas de
então, até à menina moderna que a troca, sem mágoa, pelo último modelo que,
ansiosamente, já esperava, Tofler apercebe-se da desumanização e da transitoriedade do futuro, da
ansiedade e da ganância com que será vivido.
Ler
aquele livro deixou-me profundamente impressionado e porque encontrei sentido e
razão de ser em tudo o que nele me disse, fiquei atento ao caminho que a
Humanidade estava a seguir sem cuidar de avaliar as consequências do “banquete”
com que, imprudentemente, se refastelava.
Seguiu-se-lhe
“a segunda vaga” que pouco me pareceu que fosse além da chamada de atenção que
o seu anterior trabalho me fizera.
Mas
outras “vagas ou ondas” se seguiram, na crista das quais chegou até à análise
dos cada vez maiores efeitos do armamento, do poder bélico, da torrente
imparável da tecnologia, enfim, de tudo o que tornava o capitalismo imparável e
os seus efeitos cada vez mais devastadores.
A
visão do mundo actual e as preocupantes conclusões da Ciência sobre as consequências das leviandades que cometemos dão razão a tanto que antecipou e poderia ter
evitado o desassossego que agora sentimos na vivência das suas previsões.
Paz
à sua Alma!
Sem comentários:
Enviar um comentário