Mas,
para além do acto que, em si mesmo, nada tem de anormal, conta a intenção que
pode ser tão simples como tapar um bolo para o proteger das moscas ou das tentações dos gulosos, como não
querer que o que se passou na Caixa seja inquerido para se não saber por que
razão cada português terá de contribuir com 600 euros para pagar os disparates,
os abusos ou, talvez até, a corrupção que alguém fez!
Pelo
que tenho ouvido e, sobretudo, pela declaração de Bagão Félix de que “é um processo em que não há inocentes…”
e, por isso, seria um atirar de lama que minaria a confiança dos portugueses na
banca, há muito para descobrir e mostrar aos que terão de o pagar.
Penso
que terá ele dito quase tudo em poucas palavras, que o inquérito irá por a nu
os culpados de uma situação que pedirá mais sacrifícios aos portugueses e gastará
dinheiro que para tantos é uma fortuna se comparado com o tão pouco que têm.
O “atirar
de lama” dependerá de como se faça o inquérito, se para esclarecer se para,
simplesmente, culpar, do que não resultaria nada que valesse a pena.
Por
isso eu espero que o inquérito seja feito com o nível que deverão demonstrar os
representantes de todos nós.
De
resto, por que não fazer este se outros parecidos foram feitos? Onde estará a
diferença?
O
esclarecer para corrigir e até punir será o propósito que defendo porque me
parece ter, ainda, o “polvo” muitas pernas escondidas e será preciso
cortar-lhas todas, antes que se torne no monstro em que, por outras bandas, se tornou .
E
qual será a alternativa que Marcelo e Costa pretendem para o inquérito?
Simplesmente fazer as contas e chegar à conclusão, já de todos conhecida, de
que alguém fez com o dinheiro da Caixa o que não deveria ter feito? Que alguém
mandou fazer com o dinheiro da Caixa o que não deveria ter mandado fazer? Que
alguém tem consigo pelo menos uma boa parte do dinheiro que falta na Caixa?
Isso
tudo já sabemos porque o lemos e o ouvimos a cada dia que passa.
Agora
apenas desejo que fique registado, sem nada esquecer na história que passe à História, para que se saiba quem fez o que a Portugal.
Alguns
vão ficar borrados com a lama que lhes caia em cima? Pois que fiquem e alguns deles até serão os que já andam na
boca do mundo e até nos cheiram mal quando nos cruzarmos com eles. Outros serão quem
já fez outras coisas parecidas e, porventura, terá incentivado esta também
porque, como diz o povo “cesteiro que faz um cesto…”.
Eu
apenas desejo que não escondam nada porque com o esconder não se resolvem
problemas, sobretudo quando se esconde trampa, pois tudo ficará mais limpo e
cheirará melhor depois de se limpar.
E também é certo que, se os escondermos, jamais os erros serão a lição com que mais se aprende.
E também é certo que, se os escondermos, jamais os erros serão a lição com que mais se aprende.
Esclarecidos, os portugueses ficarão mais confiantes.
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