Uma
notícia recente dá conta de um estudo científico, publicado no jornal “Nature”,
do qual se conclui que morrem, anualmente, mais de três milhões de pessoas,
vítimas da excessiva poluição aérea, um número superior às mortes causadas pelos
gravíssimos problemas de saúde pública que são o paludismo ou o HIV.
Acrescenta
o estudo que, a não serem tomadas medidas rápidas, drásticas e adequadas, o
número de casos mortais pode duplicar até 2050, o que corresponde ao brevíssimo horizonte temporal de 33 anos!
Se
a esta conclusão juntarmos, mesmo sem apresentar números que, sem dúvida serão
mais elevados do que aqueles, as consequências para a saúde humana originadas
pela poluição do solo e da água, incluindo a dos oceanos onde os lixos menos
biodegradáveis já formam ilhas de milhares de quilómetros quadrados, chegaremos
a números assustadores para as vítimas mortais da poluição.
Como
nada me diz que as conclusões do estudo publicado pela “Nature” inclua as
consequências das alterações climáticas que a poluição aérea acelera e das
quais resultarão efeitos ambientais que obrigarão a uma adaptação muito difícil
de suportar pela Humanidade, serão ainda muito mais elevados os efeitos
negativos do tipo de economia que os gera.
Depois
de tudo isto e sem acrescentar outros efeitos para além da “poluição”, os quais
não são, de modo algum, desprezáveis, apenas me apetece fazer uma pergunta
simples, cuja resposta me não parece difícil:
- se
o tipo de economia que adoptamos é o que, a não longo prazo, nos pode matar,
como poderemos pensar que é com ela que nos poderemos salvar?
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