Não sei se, depois de tanto tempo a fazer de
conta, ao longo do qual cada um aproveita o mais que pode desta “União”
desunida e tantas vezes hipócrita, a Europa terá entendido que era tempo de
mudar de vida, tempo de fazer em vez de deixar para outros o que a si própria
compete fazer.
Finalmente, Angela Merkel afirmou, depois de
conversar com o famigerado Trump, que apareceu do nada para ser a dor de cabeça
do Mundo, que, a partir de agora, a Europa terá de contar consigo própria em
vez de contar com o apoio que tem recebido dos Estados Unidos.
Era cada vez mais evidente que este momento
teria de chegar, à bruta como é normal as coisas acontecerem com Trump ou
planeadamente como já deveria ter acontecido.
É por isso que continuo convencido de que os
espertalhões só aprendem depois de baterem com a cabeça na parede…
A Europa sabe que não pode continuar a fingir
ser uma União que não é e que, se não for uma União, cada uma das suas partes não
passará de ser o pobre cordeirinho que um dos lobos maus que por aí andam a
mostrar a sua fome, acabará por devorar.
As dificuldades no mundo vão ficando cada vez
maiores e não faltará muito tempo para que nos desentendamos por coisas
menores, como é o pão de que necessitamos para viver.
Mas que proporá Merkel que seja feito para
que a Europa consiga cuidar de si? Refundar a Europa?
O
que Merkel disse num comício na Feira da Cerveja de Munique “… que Europa
não pode mais se apoiar nos EUA e no Reino Unido. O tempo em que podíamos
depender completamente de outros terminou”, é uma verdade que chega tarde, se não for, apenas, um delírio a que o
ambiente era propício.