A Rússia faz da Síria de Assad a sua arma de
mão para provocar o mundo e quase já a reduziu a cinzas, a transformou num
lugar imprestável de onde todos querem fugir.
A China faz da Coreia de Kim Jong Un o seu
rafeiro idiota e provocador que vai lançando mísseis no Mar do Japão, a par de
fanfarronadas de menino mimado e mal educado que, com as suas brincadeiras, ameaça
lançar o mundo na sua derradeira aventura.
Não sei se poderá dizer-se que a Síria ainda
existe ou se é apenas o campo de treino para uma guerra maior onde os
contendores se enfrentarão com as armas secretas, estranhas e mortíferas que,
ao longo de muitas dezenas de anos se suposta paz, andam, cuidadosamente, a
preparar.
Pode o mundo consentir a destruição total de
um país do Médio Oriente que faz parte da História mais antiga do mundo, bem
como tolerar a escravatura de um povo que vive de quase nada para custear os
jogos de guerra com que a dinastia Un se diverte há já tempo demais, em
constantes demonstrações de força que fazem de Pyongyang um circo permanente?
Jogos perigosos à beira de serem testados.
De que serve uma ONU à qual os maiores impõem
os seus desejos e, com a sua intervenção, protegem os seus rafeiros de mão?
Servem os seus vetos para transformar a ONU
em pouco mais do que uma instituição de caridade que acorre, aqui e ali, onde
os senhores do veto fazem as suas diabruras, tentando alimentar, até, as
vítimas que eles próprios fazem?
É isto é de menos para uma instituição que
pouco mais fez do que dividir o mundo em coutadas dos maiores, pelo veto que
lhes consente.
É atracção fatal do Homem fazer a guerra,
mostrar que é o mais forte e, para tal, se prepara continuadamente.
Não faço ideia do que sejam os arsenais
dessas potências, para além dos mísseis que possuem aos milhares.
Quem se não lembra de quando Trump, cada vez
menos seguro na corda bamba que é a via que escolheu, anunciou, como seu
propósito, reforçar o poder nuclear da América até o resto do mundo tomar juízo
e se não lembra, também, das respostas que recebeu sobre os milhares de mísseis
dos arsenais espalhados pelo mundo?
E o que não haverá por esse mundo fora para
além de tudo isso, capaz de o destruir em pouco tempo? Espero nunca o saber.
Entretanto, quantos mais milhões, demasiados milhões
de seres humanos terão de morrer de fome e de sede, de doenças e de agressões que
não provocam, enquanto os políticos deste mundo se divertem no jogo da
hipocrisia que, afinal, todos nós lhes consentimos e aos quais os mais
estúpidos de nós até batem palmas?
Sem comentários:
Enviar um comentário