Não tenho quaisquer dúvidas de que a atitude
da Coreia do Norte, a de lançar um novo míssil que diz ter capacidade para
alcançar os Estados Unidos e para transportar ogivas nucleares, constitui um
desafio claro e muito sério que, em meu parecer, vai para além das condições
que Ronald Trump esperaria para impor a Kim Jong Un as suas condições para por
um fim às experiências nucleares norte-coreanas.
Não haverá conhecimento bastante que confirme
ou não as afirmações feitas sobre as anunciadas características do míssil mas,
mesmo assim, a situação deve ser considerada como perigosa e difícil de gerir
porque também não será fácil de prever o que passará pela cabeça de um jovem
prepotente, belicoso, a quem agradam os jogos de guerra que financia com a vida do povo norte-coreano.
Nem consigo imaginar, também, qual possa ser
a atitude de Trump, também ele um prepotente impulsivo, que, tudo o indica, não
conseguirá das outras grandes potências, a Rússia e a China, o apoio de que
necessitaria para por um fim à perigosa aventura belicista norte-coreana.
Acabo de ouvir Putin falar sobre o assunto e
dizer que a situação deve ser resolvida pela via negocial, se for ainda
possível, como já ouvira de Xi Jinping, presidente da China que tem um
ascendente notável sobre o regime norte-coreano, um pedido de calma que,
dificilmente, perante os riscos potenciais, poderão ficar sem fazer nada.
Não sei quem dará o primeiro passo ou se o
assunto irá ficar em “banho-maria” até algo “inesperado” acontecer, situação a
que os norte-americanos já estão habituados com o que aconteceu em Pearl
Habour, nas Torres-Gémeas…
Os tempos são outros e os meios em causa
muito mais poderosos e, por isso, muito mais graves serão as consequências deste
assunto mal tratado há já tempo demais.
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