Gostaria de não passar por grandes tormentos
nos anos que Deus ainda me consentir que por aqui ande. Nem depois porque para
os que, também por minha causa, viverão bem mais do que eu, prefiro um mundo
sossegado, onde possam viver em paz.
Por isso não deixo de me preocupar com o que
se passa e, sobretudo, com o que possa trazer dificuldades à Humanidade a que
pertenço.
Desde muito novo me habituei a esperar do
poderio que os Estados Unidos mostraram ter na Segunda Guerra Mundial de tão má
memória e que, embora de longe, vivi completamente, uma certa protecção como
aquela que salvou a Europa das garras de um ditador sem coração e depois, também,
de um outro que, através dela quis expandir o seu poder, mascarado com uma
ideologia que diz reconhecer em todos a igualdade que não existe e lhes
garantir a liberdade que lhes não dá, talvez como aquele que criou nas zonas
mais hostis da sua terra, para onde enviava os que se lhe não submetessem.
Passada a guerra fria que gerou, tive a
esperança de um mundo em que, finalmente, a inteligência humana compreendesse
como a Humanidade é um todo que tem de viver, pacificamente, na Terra que Deus
lhe deu e que tudo possui para, em harmonia, todos poderem viver, satisfazendo
as suas naturais necessidades.
Não foi assim que a Economia encaminhou as
coisas, fazendo do egoísmo e da inveja a súmula maldita de todos os “pecados
mortais”.
O mundo caminharia para uma verdadeira
democracia em que todos teríamos o nosso quinhão de poder.
Assim o quis fazer crer a queda das ditaduras
que outras, infelizmente, demasiado rápido substituíram e outras ainda parece
quererem, agora, ressuscitar ou instalar.
E o que mais me custa aceitar é que seja
mesmo nos Estados Unidos que os factos mais preocupantes acontecem, com um
Presidente que quase se pode dizer vindo do nada, ignorante e desrespeitador,
que parece ter como objectivo maior tudo submeter à sua poderosa e desbragada
vontade.
A demissão do Director do FBI que investigava
as alegadas relações da campanha eleitoral de Trump com a Rússia, o pecado
original que lhe pode trazer sérios problemas, é uma atitude inesperada e
perigosa porque abre uma guerra feroz entre a Casa Branca e as instituições
democráticas, uma guerra sem precedentes.
Depois, tudo dependerá de quem a ganhar!
Para além das atitudes reles, reveladoras de
falta de respeito e de muita ignorância, próprias de alguém que se julga todo
poderoso, creio já não restarem dúvidas de que esta será uma presidência que
não vai acabar bem.
Como ou quando acabará eu não sei, mas temo
muito os danos que, entretanto, pode causar ao mundo.
Disso tenho poucas dúvidas.
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