ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 12 de maio de 2017

TRUMP E O PECADO ORIGINAL



Gostaria de não passar por grandes tormentos nos anos que Deus ainda me consentir que por aqui ande. Nem depois porque para os que, também por minha causa, viverão bem mais do que eu, prefiro um mundo sossegado, onde possam viver em paz.
Por isso não deixo de me preocupar com o que se passa e, sobretudo, com o que possa trazer dificuldades à Humanidade a que pertenço.
Desde muito novo me habituei a esperar do poderio que os Estados Unidos mostraram ter na Segunda Guerra Mundial de tão má memória e que, embora de longe, vivi completamente, uma certa protecção como aquela que salvou a Europa das garras de um ditador sem coração e depois, também, de um outro que, através dela quis expandir o seu poder, mascarado com uma ideologia que diz reconhecer em todos a igualdade que não existe e lhes garantir a liberdade que lhes não dá, talvez como aquele que criou nas zonas mais hostis da sua terra, para onde enviava os que se lhe não submetessem.
Passada a guerra fria que gerou, tive a esperança de um mundo em que, finalmente, a inteligência humana compreendesse como a Humanidade é um todo que tem de viver, pacificamente, na Terra que Deus lhe deu e que tudo possui para, em harmonia, todos poderem viver, satisfazendo as suas naturais necessidades.
Não foi assim que a Economia encaminhou as coisas, fazendo do egoísmo e da inveja a súmula maldita de todos os “pecados mortais”.
O mundo caminharia para uma verdadeira democracia em que todos teríamos o nosso quinhão de poder.
Assim o quis fazer crer a queda das ditaduras que outras, infelizmente, demasiado rápido substituíram e outras ainda parece quererem, agora, ressuscitar ou instalar.
E o que mais me custa aceitar é que seja mesmo nos Estados Unidos que os factos mais preocupantes acontecem, com um Presidente que quase se pode dizer vindo do nada, ignorante e desrespeitador, que parece ter como objectivo maior tudo submeter à sua poderosa e desbragada vontade.
A demissão do Director do FBI que investigava as alegadas relações da campanha eleitoral de Trump com a Rússia, o pecado original que lhe pode trazer sérios problemas, é uma atitude inesperada e perigosa porque abre uma guerra feroz entre a Casa Branca e as instituições democráticas, uma guerra sem precedentes.
Depois, tudo dependerá de quem a ganhar!
Para além das atitudes reles, reveladoras de falta de respeito e de muita ignorância, próprias de alguém que se julga todo poderoso, creio já não restarem dúvidas de que esta será uma presidência que não vai acabar bem.
Como ou quando acabará eu não sei, mas temo muito os danos que, entretanto, pode causar ao mundo.
Disso tenho poucas dúvidas.

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