ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 5 de maio de 2017

A PROPÓSITO DAS ELEIÇÕES FRANCESAS



Creio que Macron será o vencedor das eleições presidenciais em França, apesar das medidas de austeridade que o seu discurso deixa antever, o que me parece ser o caminho certo para endireitar a terceira maior economia da Europa que, desde há já bastante tempo, não goza de muito boa saúde.
Porém, alguém escreve hoje, na sua crónica a propósito destas eleições, que tal bastaria para não votar nele se a outra alternativa não se chamasse Le Pen!
E como ele diz também, cada um gosta do que gosta e escolhe o que entende estar mais certo. Pois é por isso que, se eu votasse em França, preferiria Macron porque há muito que não vejo outro caminho para estabilizar as economias que não seja o da contenção, para que o que existe chegue para todos e o Ambiente seja o que a nossa vida mantém .
Dêem as voltas que derem, façam as contas que fizerem, não há modo de, sem consequências desastrosas, o Homem destruir, em duas ou três centenas de anos, o equilíbrio que a Natureza alcançou em mais de quatro mil milhões, criando as condições que permitem, agora, a existência humana.
Os estudiosos da Terra, os que melhor a conhecem e aos seus ciclos de recuperação, fazem avisos fundamentados que os políticos desprezam porque preferem gastar o mais que possam, não lhes convindo regras ou até razões que o controlem.
Mas a Natureza é o que é e isso não há quem possa mudar e, tal como um poço do qual se tira mais água do que a que a ele aflui acaba por secar, também ela ficará sem condições para manter a vida que a exauriu ao ponto de uma nova fase de reequilíbrio ter de recomeçar.
Então as condições de vida serão muito diferentes destas que a alguns deram a abastança, a outros a esperança de, um dia, também a poder alcançar, enquanto a outros tudo negou.
Os desequilíbrios aproximam-se perigosamente, do ponto de não retorno, mas disso não oiço os políticos falar! Dirão, até, que são exageros dos cientistas que vêem nuvens negras sobre um futuro que apenas será radioso se consumirmos ainda mais.
Até Trump, o “pato bravo” cuja actividade ajudou a degradar o mundo, afirma, com a competência que profundos conhecimentos científicos lhe conferem, que as tímidas acções a que os políticos se dispuseram, são exageradas!


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