Depois da euforia de uma vitória bem merecida
e que, ao que parece, foi das que mais furor fez no mundo da eurovisão e deixou
orgulhosa a maioria dos portugueses, o ambiente de satisfação arrefeceu para
aquecer a questão de quanto custará, agora, organizar o festival do próximo
ano, como compete ao vencedor fazê-lo.
E todos desataram a falar de cor, muitos a
criticar a despesa que será feita!
Cinquenta milhões de euros seria o custo mais
provável e, naturalmente, insustentável para um país pobre como Portugal, mas
cuja pobreza maior, já se tornou evidente, é a de não saber fazer contas.
Mas, afinal, nem de longe tal será o custo do
evento que, na primeira vez que foi realizado na Suécia terá custado 13 milhões,
valor que o dinheiro lá deixado pelos visitantes superou!
Por sua vez, o Azerbeijão terá gasto 56
milhões porque construiu um pavilhão próprio para fazer a festa. Loucuras de
novos ricos…
Mas a média dos custos dos últimos 6 anos não
ultrapassa 30 milhões, o que, apesar de tudo, é muito dinheiro para o pobre
orçamento da RTP, mas não pesará demais no orçamento de um país que, por certo,
lucrará bem mais com os efeitos de um acontecimento desta dimensão.
Quando limpar a má ideia que muitos ainda
fazem deste país situado num cantinho “onde a Terra acaba e o Mar começa”,
depois de três ajudas financeiras de emergência para evitar as três quase banca-rotas
em que caiu, é uma acção em que todos nós devemos colaborar, como a Ciência, a
tecnologia, as artes plásticas, o desporto, por exemplo, o vêm fazendo.
Então, por que não deixar que a música o faça
também? Por que não aproveitar a oportunidade para mostrar outo dos bens que
nós temos?
Nestas coisas a questão será se alguém irá
aproveitar a oportunidade para ganhar uns “dinheiritos” extra, como se tornou moda e pode muito bem ter
acontecido na loucura dos estádios para o Euro 2004, alguns agora quase ao
abandono, ou se, de uma vez por todas, assumimos o comportamento sério que
outrora nos fez grandes, em vez de sermos ridículos como os que propõem que o
festival se faça num pardieiro qualquer, sem luz nem qualquer outro som para
além do das cantigas que o Salvador mostrou ficarem tão bem cantadas à luz das
velas!
Nem calculam como me chateiam as “irritações”
idiotas!
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