“Universidade” tem tudo a
ver com uma realidade, o seu ambiente e com as razões que a motivam. Por isso,
qualquer “universidade” tem a personalidade do ambiente do qual emerge, traduz
as suas preocupações e vai ao encontro dos seus interesses.
Analisando uma “universidade”,
ficaremos com uma ideia clara sobre a “sociedade” da qual faz parte.
Por isso me dei ao cuidado
de ouvir o que se publica sobre as “universidades de verão” do PSD e do PS
pois, como cidadão consciente que não pode alhear-se do que pode influenciar a
sua vida e a dos seus, precisa de estar atento aos sinais que lhe indiquem como
uns ou outros o podem fazer.
Do que vi, pareceu-me que
na “universidade” do PSD o propósito fundamental é revelar pensamentos diversos
sobre como olhar a vida actual e abordar os problemas que a condicionam, uma
reflexão urgente sobre questões e circunstâncias que vão para além dos
interesses e dos conflitos partidários. Já a do PS me pareceu ter como
propósito dominante as críticas ao Governo que, pelo que me dei conta também,
se baseiam nas propostas socialistas que não terá acatado.
Esperaria eu que, na sua “universidade
de verão”, o PS pudesse esclarecer as razões de ser de tais propostas que
sempre me pareceram mais demagógicas e mais manipuladoras do que racionais
porque nunca tiveram como fundamento uma realidade autêntica, as reais
capacidades do país, a situação difícil que atravessa, mas sim as atitudes
cativantes de quem lhe pode devolver o poder que a sua incompetência lhe tirou.
Não quero tomar partido ou
fazer juízos de valor excessivos. Tampouco me vou render a simpatias ou
antipatias apenas pelo que constatei. Mas que tirei conclusões que reforçam as
minhas dúvidas sobre a capacidade do PS para governar o país, tirei! Mais do
que isso, reforcei a certeza de uma incapacidade gritante para entender uma
realidade que está distante da utopia de uma vida feliz sem esforço!