Deixa-me numa enorme
confusão o modo como o mundo aceita, quase tranquilo, coisas como as que se
passam na Síria onde, apesar de um nível de destruição que faz as cidades do país
parecer terem sofrido violentos terramotos, se mata gente aos milhares com o infame
e cobarde uso de armas químicas.
Que esperará o mundo, a
ONU ou seja lá que entidade for para tomar a atitude de solidariedade que deve ter
para com um povo mártir, para que deixe de ser vítima da ganância de poder seja
lá de quem for, porventura de um qualquer Assad cuja acção deve ser imediatamente travada e que terá, depois, de ser julgado por
crimes contra a Humanidade?
Até que ponto faz sentido
esperar sei lá por que, discutir seja o que for, deixando aquele infeliz povo entregue à fúria dos que
têm o poder de meios que outros lhes fornecem, sem dúvida
a troco da protecção de interesses económicos.
Poderá o mundo ficar
quieto quando se matam inocentes assim?
Para que servirá instituir
dias disto e daquilo, tomar iniciativas para proteger a cultura, monumentos,
espécies em perigo, artes ou seja o que for se, apesar de tudo isso, se não
protege o bem máximo que é a VIDA HUMANA?
Numa globalização em que
se criam regras internacionais para defender interesses económicos, não caberá
uma pequena preocupação para com a vida humana, um princípio que torne legítima uma
intervenção que proteja um povo contra a violência a que é sujeito?
Faz algum sentido esta
imagem de tantos jovens indefesos mortos por uns cobardes quaisquer, o que a comunicação social trata como uma qualquer notícia e a ONU, a Europa, a Rússia, a China, seja quem for, tratam como um incidente que a "diplomacia" deve resolver?
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