ACORDO ORTOGRÁFICO

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domingo, 25 de agosto de 2013

TESTAR A COMPETÊNCIA DOS PROFESSORES? OBVIAMENTE!


Não há melhor forma para avaliar a competência de um profissional do que através dos resultados do seu trabalho. É uma afirmação que ouso submeter à mais severa das críticas!
É por isso que, sabendo do que falo, me atrevo a duvidar da competência de muitos dos professores que por aí ensinam os nossos filhos e netos no ensino secundário, onde os resultados negativos de mais de metade dos alunos é uma prova eloquente de incapacidade.
Não me surpreende, por isso, a decisão do Ministério da Educação de avaliar a competência para ensinar de pessoas que não fizeram nenhuma preparação especial para serem professores.
Não se trata de duvidar do saber de seja quem for nas matérias dos cursos superiores em que tiveram aprovação. Trata-se de avaliar a capacidade de transmitir, de forma adequada, os conhecimentos.
Fui professor a nível universitário e posso garantir que, ao longo dos últimos anos em que fui docente, me dei conta de uma degradação progressiva dos conhecimentos básicos dos alunos, dos conhecimentos que no ensino secundário deveriam ter adquirido e cimentado. Era deprimente verificar uma enorme ignorância em diversas matérias e não apenas na matemática que, injustamente, se tornou no maior inimigo dos estudantes. Não saber expressar ideias era, ainda, mais dramático, o que me aumentava imenso o trabalho de avaliação dos seus conhecimentos, sobretudo em provas escritas.
Felizmente, a grande maioria eram pessoas inteligentes que foi possível ensinar a pensar, em vez de, simplesmente, tirar partido de uma capacidade de memória que, embora útil, não é bastante para proporcionar o conhecimento que deve ter quem sabe das coisas. Era interessante dar conta daquele momento em que, como que num "eureka", despertavam para o entendimento das coisas, algumas vezes ao ponto de perguntarem "mas é assim tão simples?"
Por tudo isto, achei assustadoramente ridícula uma intervenção que ouvi do presidente da FENPROF com argumentos patéticos contra esta decisão que me parece justificada e que ficam mal na boca de um professor que nunca deve considerar estúpido quem o escuta!

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