Joseph Stiglitz, prémio
Nobel fa Economia em 2001, afirma que “a
austeridade é a receita para o suicídio económico”.
Dependendo do que
chamarmos economia, ele terá ou não razão, se, como deriva do grego, for a
“ciência da casa” de como viver nela da melhor maneira possível ou se for, como
se diz, em termos de Ciência Económica, a análise da produção, distribuição e
consumo de bens e serviços.
Como “Ciência da Casa” ou
seja, a ciência de nela viver dignamente, a primeira coisa a conhecer bem é a
própria casa, as suas condições de habitabilidade, os confortos que dispensa ou os problemas que coloca a
todos os que nela habitam.
Como análise da produção,
distribuição e consumo de bens e serviços, parece-me insuficiente, mesmo quando
se lhe acrescenta a “ciência social que estuda a actividade económica através
do desenvolvimento da teoria económica e que tem na administração a sua
aplicação” (Wikipedia).
Sendo, como ficou dito,
que para a Ciência Económica, o conhecimento da “casa” não faz parte do que
necessita para formar as suas teorias, bastando-lhe pensar que tudo aquilo de
que a Economia necessita para crescer, os recursos naturais, estão assegurados
e que o Ambiente de que o Homem necessita para viver está garantido também, é esta uma ciência que não leva em conta tudo quanto a pode influenciar.
Mas como não pode deixar
de haver uma relacção íntima entre os recursos naturais necessários à economia
crescente e a capacidade que a nossa casa, a Terra, tem para lhos proporcionar,
fica evidente a falta do conhecimento aprofundado deste aspecto como parâmetro
influenciador e essencial na teoria económica. Está, neste aspecto, em causa a
relação “necessidade de recursos/ciclo da sua produção na Natureza”.
Como a utilização
intensiva de recursos naturais produz resíduos poluentes que a Ambiente tem de
absorver, é óbvia uma relação íntima, também, entre os resíduos produzidos e a
capacidade que a Natureza tem para os transformar, tal como Lavoisier afirma no seu esclarecido princípio. Neste aspecto, está em causa
a relação resíduos produzidos/capacidade natural da sua transformação de modo a controlar a poluição que deteriora o Ambiente.
Conhecidos que são os
efeitos, cada vez mais significativos e extensos, da poluição causada pela
actividade económica cujo crescimento foi sendo sucessivamente maior, eu direi,
parafraseando Joseph Stiglitz, que “o
consumismo é a receita para o suicídio da Humanidade”
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