ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

ARTIMANHAS SOCIALISTAS

Como é evidente, não posso conhecer as intenções profundas das pessoas, nem quando o Governo insiste com o PS para cooperar nas decisões de médio e longo prazo para o futuro do país, nem quando o PS rejeita assim proceder.
Democraticamente, esta recusa é um direito que assiste aos socialistas, mesmo que para Portugal, para a defesa dos seus interesses e alcance de significativas melhores condições de financiamento seja uma atitude fortemente penalizante para o país, o que mostra como esta Democracia não ajustada à realidade do tempo que vivemos continua a ser um regime de vistas curtas e de soluções que não vão além do muito curto prazo, quando o futuro se prepara com a antecedência bastante que a crescente complexidade dos problemas exige.
É, pois, uma tanto difícil compreender agora por que o PS desafia o Governo a clarificar o que pretende fazer em 2014, afirmando ser este o momento certo para o fazer. De facto, podendo estar ao corrente do que esteja a ser feito, através da cooperação que nega, por que julgará o PS que deve antecipadamente saber o que está a ser preparado?
Creio que qualquer pessoa de bom senso preferiria a cooperação que tornaria mais credíveis as soluções aos olhos dos “mercados” que, deste modo, nos financiariam com menos incertezas e, por isso, em melhores condições.
É fácil, por isso, pensar que este pedido do PS nada terá a ver com uma real vontade de cooperar num Orçamento que, depois, também aprovaria, mas sim com uma antecipação de críticas que tornaria mais complicado à maioria de nós entender o que esteja mais ou menos certo.
Não tenho por interessada e patriótica a atitude dos socialistas. Antes penso que, uma vez mais, pretendem criar condições de confusão das quais crêem poder tirar dividendos que os ajudassem a recuperar a situação manifestamente privilegiada que tiveram e, por total incapacidade, perderam. Uma manifestação óbvia de incapacidade perante um governo eleitoralmente fragilizado pelas medidas impopulares que, o mais provavelmente, conduziriam a uma catástrofe nas eleições que se avizinham.
Em vez disso, deixam cada vez mais óbvia a ganância de poder ao qual já deram sobejas provas de não saber dar bom uso. Por isso estamos nesta situação difícil que vivemos.
Continuam os socialistas a apostar na estupidez dos que não são capazes de ver para além do imediato e na natural revolta dos que, pelas grandes dores que sofrem, desejam uma mudança, seja qual for, na esperança de uma melhoria qualquer que dela possa resultar.
E continuo sem saber, num país com finanças arrasadas pelo despesismo socialista e ainda dependente, para o seu financiamento corrente, de quem o ajuda, como o PS acabaria com a austeridade que, com este governo ou com outro qualquer, por sua maior culpa ainda vai durar muitos anos.
Mas como não sou estúpido, se o PS explicasse como o conseguiria fazer, decerto eu compreenderia!

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