ACORDO ORTOGRÁFICO

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domingo, 25 de agosto de 2013

A CONTRADIÇÃO SOCIALISTA

Gostei de ouvir o último discurso do Primeiro-Ministro, por duas razões fundamentais.
A primeira é que, pela primeira vez, embora de um modo um tanto fugaz, ele falou deste fenómeno estranho que é o crescimento da dívida pública mesmo quando reduzimos a despesa, aumenta o PIB, diminui o desemprego, aumentam as exportações e a confiança de empresários e consumidores parece querer voltar!
Este acréscimo da dívida pública a que o PS se agarrou como a uma tábua de salvação para acusar o Governo de má gestão quando parecia não ter como o fazer, porque tudo o mais parecia correr bem e Portugal tivera o maior crescimento do PIB em toda a Europa, é, afinal, obra sua, consequência da leviandade de um governo PS, das dívidas que contraiu!
São dívidas feitas no passado, naquela “festa” da governação PS de Sócrates que obrigam, momentaneamente, a aumentar a dívida através dos empréstimos necessários para pagar compromissos que, então, foram assumidos!
É, pois, a consequência de um acto de honrar os compromissos que Portugal assumiu, não através deste Governo mas do que o antecedeu e endividou Portugal até níveis nunca antes atingidos.
Fica, mais uma vez, demonstrado o seráfico cinismo dos comentadores socialistas quando apresentam a acréscimo da dívida externa como uma prova da má gestão do Governo. Apenas não dizem de qual, porque teriam de falar do seu. Porque as dívidas de ontem se pagam hoje! É este o conceito de dívida...
Depois, porque teve o bom senso de afirmar que, depois de tudo isto, depois de todo este esforço que tivemos de fazer e da austeridade que tivémos de suportar, Portugal não iria ficar na mesma, que não poderíamos ter a veleidade de pensar que poderíamos passar a través dos pingos da chuva sem nos molharmos.
Espero que ele queira dizer que o futuro terá de ser bem diferente, mais contido e mais controlado e que, jamais, voltaremos ao despesismo idiota que tivemos e com o qual pretendemos fazer o socialismo que, afinal, não cabe na realidade da escassez de recursos que, mais cedo ou mais tarde, todos terão de reconhecer.
Teremos, pois, de fazer o socialismo com inteligência, do que taLvez resulte um estado Social melhor!

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