A Natureza é o mais preciso dos bens, do qual somos uma
pequena parte. Porquê maltratá-la ou destruí-la se, sem ela, não há vida?
Não me senti bem com as declarações
do Primeiro-Ministro a propósito dos incêndios florestais e do que considerou
ser adequada disponibilidade de meios para os combater.
Poderia ter dito Passos Coelho que
estes incêndios brutais e excessivamente consumidores de vidas e bens merece
uma análise especial para que do sucedido se tirem as lições que nos ajudarão a
fazer melhor no futuro. Um mínimo de bom senso ditaria esta afirmação, porque não
acredito que não seja possível fazer mais para tornar menos castigadora esta “época
de incêndios” que se tornou parte integrante do calendário anual, como que um “ciclo”
fatal que tem de acontecer.
Há iniciativas diversas
indispensáveis de tomar e que só podem começar pela prevenção à qual se dá
pouca atenção.
Custam os combates a incêndios
florestais quatro vezes mais do que o que é gasto na sua prevenção! Qualquer
juízo dirá que se trata de um absurdo, porque a esta diferença brutal há que
juntar o incalculável valor do que nos incêndios se perde.
É uma análise que tem de ser feita
por quem coloque as questões humanas e sociais acima das questões financeiras
com que os governantes habitualmente mais se preocupam.
A realidade diz que todos quantos,
até hoje, se ocuparam desta questão tão particularmente grave porque consome
meios, destrói riqueza e ceifa vidas, falharam.
Há que iniciar uma nova era, adoptar
outros procedimentos e fazer um novo planeamento para que, no futuro, os danos
sejam bem menores.
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