Podemos
fazer as contas que quisermos, os orçamentos que mais jeito derem ou prometer as
benesses que conquistem mais votos porque de nada vale, nada dará certo sem levar
em conta os efeitos das alterações climáticas cuja realidade já não se discute.
O
tempo é já o de fazer contas sobre o que significarão as alterações já tão
evidentes, até onde elas irão enquanto os políticos e os economistas continuam
a pensar que não se passa nada, que as alterações visíveis são coisa
passageira, com a qual não vale a pena ter grandes preocupações. Contam que
haverá, por certo, uma solução qualquer como sempre houve no passado.
E
por que não há-de haver se já houve? É a lógica do pensamento curto que leva a
pensar que num copo cheio ainda cabe mais uma gota. Mas não cabe!
Modifica-se
o tempo, perdem-se colheitas, ilhas ficam submersas, as cheias e as secas
tornam-se mais frequentes, a fauna e a flora sofrem duros efeitos e, para não
morrerem, tentam adaptar-se a novas condições de clima que parecem variar com uma
rapidez não esperada porque os aumentos de temperatura média global se
aproximam perigosamente dos que não quereríamos exceder até ao final do século.
Os
registos feitos mostram, em termos de média global, que o mês de Abril último foi
o mais quente desde que há registos comparáveis.
Os
cientistas começam a falar em clima de emergência e afirmam não haver
tecnologia que arrefeça o Planeta sobreaquecido.
Entretanto,
os governos continuam alheios a tão terrível problema que não influencia os
seus projectos políticos.
Quem
tomará, então, as providências que atenuem o rápido decréscimo de qualidade de
vida nesta Terra que sobreexplorámos e vamos deixar exaurida aos nossos
descendentes?
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