ACORDO ORTOGRÁFICO

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domingo, 8 de maio de 2016

QUE TRUM É ESTE?



Não tenho as condições que os Especialistas têm para apreciar as “primárias” nos Estados Unidos, onde um fenómeno chamado Trump parece por a cabeça em água a muita gente.
Mas a verdade é que me faz uma enorme confusão o que se passa e, sobretudo, depois do que um desnorteado ontem dizia numa TV americana qualquer, das brincadeiras que fez com o nome do homem que, em maioria, os republicanos parece que vão escolher para os representar na corrida às eleições para a Presidência dos estados Unidos.
Até o próprio Obama me desiludiu no modo brejeiro como participou na guerra que os democratas decretaram contra o intruso!
Pensava eu que era com razões que e não com chacota que, em democracia, se discutiam as questões, pelo menos naqueles países onde ela já é há mais tempo praticada, o que em Portugal ainda não acontece, de todo. Daí ser a chalaça ordinária o melhor trunfo dos ignorantes.
Foram muitos os milhões de americanos que entenderam ser Trump quem melhor defenderia as suas ideias nas quais, se bem consegui entender, um muro ao longo da fronteira com o México seria uma das iniciativas para combater as entradas ilegais de pessoas e o tráfico de droga que, nos Estados Unidos, é um enorme flagelo. 
Em extensão desta ideia, pretende Trump acabar com as irregularidades que existem e tornam a sociedade americana um tanto singular em questões de nacionalidade e, por isso, frágil contra as investidas que já a atingiram e pretendem continuar a atingir.
Não me parecem ideias assim tão inovadoras num mundo que, por toda a parte, começa a ficar cansado de certas confusões que vão fazendo crescer extremismos em vez dos consensos de que um mundo em grandes dificuldades necessita.
Pelo que julgo saber, porque assim me foi mostrado em reportagens televisivas, são milhares os agentes americanos que patrulham a fronteira com o México para tentar conseguir o mesmo fim. Por vezes morrem pessoas nesta “guerra” que, penso eu, um muro também não evitaria completamente.
É evidente uma diferença enorme entre o que se passa ali e o problema que os refugiados do Médio Oriente colocam à Europa quando fogem da guerra sangrenta e mortífera que as grandes potências alimentam. Alguma forte razão deve haver para não acabarem com ela.
Uns desejam viver numa terra que outros fizeram mais próspera, o que eles não conseguiram fazer com a sua. Outros fogem de guerras que interesses obscuros alimentam. Não é a mesma coisa.
Talvez Trump incomode muita gente com os seus propósitos de ser decidido na resolução dos problemas que a outros não interessa resolver. Quem sabe se a frouxa diplomacia que nunca resolve nada, não precisa de um abanão?
Pouco mais sei do que isto, mas que no mundo fazem falta pessoas decididas que acabem com as panelas quentinhas que alimentam os “donos disto tudo” enquanto meio mundo morre à fome, disso não me restam dúvidas.
Eu penso que Trump, seja lá da forma que for, marcará a América, ainda que pense que as coisas não devem ser feitas antes de bem pensadas. 
Logo se verá...


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