Não
conheço a fundo as circunstâncias que possam dar ou não razão ao Governo na
atitude que tomou sobre os contractos de associação com colégios privados, os
quais já vêm de muito longe (Decreto Lei nº 553/80, de 21 de Novembro) e foram
da maior utilidade para melhorar o nível da oferta pública que era muito baixo.
Apesar
da ligeireza da pesquiza que fiz sobre os custos envolvidos, não fiquei com a
ideia de que fossem estes a verdadeira razão de ser da decisão tomada. Aliás a
questão dos custos seria, sempre, resolúvel enquanto, na que respeita à
qualidade, os colégios privados têm dado boa conta do trabalho que fazem, por
comparação com a maioria das escolas públicas que apresentam deficiências em
diversos aspectos como na segurança, nos serviços prestados, na oferta de
alternativas e, particularmente, na preferência que têm tido.
Numa
sociedade como a que pretendemos ser, soluções como esta têm razão de ser desde
que não representem custos superiores para o Estado, o que nem parece ser o
caso! E se casos houver que não cumpram esta regra, terão de ser resolvidos.
Então
que razão de ser tem a afirmação do líder comunista quando, nos múltiplos
comícios que faz pelo país, diz que as pessoas são livres de escolher o ensino
privado desde que paguem o seu custo?
Não
terá o ensino público custos que o estado tem de pagar? Esquece-se o Jerónimo
deste pormenor.
Quanto
ao Governo… parece ser mais um frete que faz à “gerinçonça” porque a FENPROF
assim lho impõe e não é assim que se governa um país.
Deverá
ser esta questão melhor explicada, em termos que não sejam de mera demagogia
mas sim de contas bem feitas e com respeito pelo direito à escolha, como é
próprio da democracia.
Gostaria
que em Portugal deixasse de ser hábito resolver problemas acabando com uns e criando outros.
Mas sempre foi assim! Por que mudaria?
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