ACORDO ORTOGRÁFICO

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domingo, 29 de maio de 2016

A ONDA AMARELA E A GERINGONÇA



Não conheço a fundo as circunstâncias que possam dar ou não razão ao Governo na atitude que tomou sobre os contractos de associação com colégios privados, os quais já vêm de muito longe (Decreto Lei nº 553/80, de 21 de Novembro) e foram da maior utilidade para melhorar o nível da oferta pública que era muito baixo.
Apesar da ligeireza da pesquiza que fiz sobre os custos envolvidos, não fiquei com a ideia de que fossem estes a verdadeira razão de ser da decisão tomada. Aliás a questão dos custos seria, sempre, resolúvel enquanto, na que respeita à qualidade, os colégios privados têm dado boa conta do trabalho que fazem, por comparação com a maioria das escolas públicas que apresentam deficiências em diversos aspectos como na segurança, nos serviços prestados, na oferta de alternativas e, particularmente, na preferência que têm tido.
Numa sociedade como a que pretendemos ser, soluções como esta têm razão de ser desde que não representem custos superiores para o Estado, o que nem parece ser o caso! E se casos houver que não cumpram esta regra, terão de ser resolvidos.
Então que razão de ser tem a afirmação do líder comunista quando, nos múltiplos comícios que faz pelo país, diz que as pessoas são livres de escolher o ensino privado desde que paguem o seu custo?
Não terá o ensino público custos que o estado tem de pagar? Esquece-se o Jerónimo deste pormenor.
Quanto ao Governo… parece ser mais um frete que faz à “gerinçonça” porque a FENPROF assim lho impõe e não é assim que se governa um país.
Deverá ser esta questão melhor explicada, em termos que não sejam de mera demagogia mas sim de contas bem feitas e com respeito pelo direito à escolha, como é próprio da democracia.
Gostaria que em Portugal deixasse de ser hábito resolver problemas acabando com uns e criando outros. Mas sempre foi assim! Por que mudaria?

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