ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 25 de maio de 2016

PRAZO DE VALIDADE?



Fiquei um tanto surpreendido com a recente afirmação de Marcelo sobre a estabilidade política em Portugal que garantirá até às eleições autárquicas que terão lugar em Setembro/Outubro do próximo ano, depois das quais, disse o Presidente, logo se veria.
Foi como que fixar um prazo de validade ao Governo, após o qual ficará por sua conta.
Não é uma afirmação que possa passar sem despertar a curiosidade que leva a procurar uma razão para ser feita, uma afirmação que parece não ter em conta, como seria natural, outras razões para além dos resultados eleitorais que aconteçam.
Recordei, então, uma afirmação de Marcelo ainda comentador político e sem confirmação da sua candidatura à Presidência da República, feita num debate no PSD de Vila Franca de Xira, no qual disse que “as eleições autárquicas de 2017 são mais importantes do que as presidenciais”, pelo que o PSD não deveria descurar a sua preparação, deixando-a para a última hora.
É uma afirmação decerto baseada na crença de poderem as eleições autárquicas ter resultados que façam delas como que uma segunda volta das eleições legislativas passadas e das quais resultou uma situação política estranha com um acordo parlamentar que o tempo e as circunstâncias podem tornar cada vez mais difícil de manter porque, até lá, serão muitas as circunstâncias que o desgastarão e farão transparecer as diferenças profundas que, apesar de tudo, se mantêm.
Até às próximas eleições autárquicas passará, ainda, mais de um ano ao longo do qual a política e o desempenho do governo de Costa demonstrará as suas virtudes ou sucumbirá às razões dos que descrêem dos bons efeitos das soluções que adopta e, até, da capacidade de cumprir a maioria das promessas que fez.
Não sou vidente, pelo que não consigo adivinhar o que se passará e nem sou daqueles “sábios” que, depois de o governo fazer e não dar certo, ensinam como deveria ter feito para resultar melhor.
Assim sendo, terei de esperar para ver o que acontece.
Deixo, apenas, um voto: se for mau que o não seja demais porque bastará o que, por outras razões, teremos de aguentar.

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