ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 23 de maio de 2016

MADUREZAS



Não compreendo bem como um povo inteiro se deixa escravizar por um tonto inspirado por passarinhos que esvoaçam à sua volta para lhe trazer as directivas do defunto Chavez que o inspira e, através dele, continua a ser o eterno dono da República Bolivariana da Venezuela que criou para ser sua.
Diz a comunicação social que “Sete bebés morrem por dia na Venezuela, um país onde o desabastecimento de medicamentos é comparável à situação de algumas regiões da África Subsaariana. Os hospitais parecem saídos de um campo de batalha, a escassez e a inflação galopante já deixaram 70% da população na pobreza. Falta água, luz, alimentação. Falta respeito pelos direitos humanos, alertam as organizações internacionais: o regime intimida, censura, julga críticos e opositores – e a população já não confia no sistema de Justiça, que diz estar completamente à mercê do Governo. O país de Maduro está por um fio, que poderá romper-se a qualquer momento”.
Mas não cai enquanto a pilhagem dos que, dizem que a seu mando, pilham casas, desalojam os moradores, apoderam-se dos seus parcos bens, em nome de um suposto combate à delinquência encontrar o que pilhar, houver cínicos que lhe batam palmas enquanto tiverem que comer quando para os demais não existem alimentos, nem sequer medicamentos nem condições para tratar doentes.
Uma triste situação real perante a qual, mesmo assim, Maduro afirma que, talvez com excepção de Cuba, não existirá, no mundo, melhor sistema de saúde do que o da Venezuela!
Estarão entre os cínicos que ainda lhe batem palmas os que o calcarão um dia aos pés e, quando já tudo estiver destruído, então aparecerão como os salvadores da pátria.
Já não se vive num país assim. Sobreviver é já uma benesse que a cada vez menos vai protegendo nesta Venezuela onde “morrem mais pessoas por dia do que na Coreia do Norte. Mais pessoas morreram na nos últimos 16 anos do que em 50 anos de conflito contra as FARC na Colômbia”.
Mas estando a Venezuela de Maduro na lista negra dos países que não respeitam os direitos humanos, o que faz a ONU que deveria protege-los? Como de costume, pouco ou nada e neste caso, que me conste, nem a chamada ajuda humanitária que mais aproveita aos senhores da guerra do que aos infelizes contra quem a fazem.
Casos assim deveriam ser considerados “crimes públicos internacionais” onde a intervenção do ONU seria um direito para devolver ao povo a liberdade sequestrada.
Mas o mundo já fez tanta burrada que quase me custa dizer que deve intervir ali depois de, em outros lados, ter substituído ditadores por guerrilheiros, ordem musculada por terrorismo selvagem e terem deixado à sua sorte tantos que talvez preferissem a suas tristes vidas ao direito a morrer numa valeta a cada instante que passa.

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