Não
compreendo bem como um povo inteiro se deixa escravizar por um tonto inspirado
por passarinhos que esvoaçam à sua volta para lhe trazer as directivas do
defunto Chavez que o inspira e, através dele, continua a ser o eterno dono da República
Bolivariana da Venezuela que criou para ser sua.
Diz
a comunicação social que “Sete bebés morrem por dia na Venezuela, um
país onde o desabastecimento de medicamentos é comparável à situação de algumas
regiões da África Subsaariana. Os hospitais parecem saídos de um campo de
batalha, a escassez e a inflação galopante já deixaram 70% da população na
pobreza. Falta água, luz, alimentação. Falta respeito pelos direitos humanos,
alertam as organizações internacionais: o regime intimida, censura, julga
críticos e opositores – e a população já não confia no sistema de Justiça, que
diz estar completamente à mercê do Governo. O país de Maduro está por um fio,
que poderá romper-se a qualquer momento”.
Mas
não cai enquanto a pilhagem dos que, dizem que a seu mando, pilham casas,
desalojam os moradores, apoderam-se dos seus parcos bens, em nome de um suposto
combate à delinquência encontrar o que pilhar, houver cínicos que lhe batam
palmas enquanto tiverem que comer quando para os demais não existem alimentos,
nem sequer medicamentos nem condições para tratar doentes.
Uma
triste situação real perante a qual, mesmo assim, Maduro afirma que, talvez com
excepção de Cuba, não existirá, no mundo, melhor sistema de saúde do que o da
Venezuela!
Estarão
entre os cínicos que ainda lhe batem palmas os que o calcarão um
dia aos pés e, quando já tudo estiver destruído, então aparecerão como os
salvadores da pátria.
Já
não se vive num país assim. Sobreviver é já uma benesse que a cada vez menos
vai protegendo nesta Venezuela onde “morrem mais pessoas por dia do que na
Coreia do Norte. Mais pessoas morreram na nos últimos 16 anos do que em 50 anos
de conflito contra as FARC na Colômbia”.
Mas
estando a Venezuela de Maduro na lista negra dos países que não respeitam os direitos
humanos, o que faz a ONU que deveria protege-los? Como de costume, pouco ou
nada e neste caso, que me conste, nem a chamada ajuda humanitária que mais
aproveita aos senhores da guerra do que aos infelizes contra quem a fazem.
Casos
assim deveriam ser considerados “crimes públicos internacionais” onde a
intervenção do ONU seria um direito para devolver ao povo a liberdade sequestrada.
Mas
o mundo já fez tanta burrada que quase me custa dizer que deve intervir ali
depois de, em outros lados, ter substituído ditadores por guerrilheiros, ordem musculada por
terrorismo selvagem e terem deixado à sua sorte tantos que talvez preferissem a
suas tristes vidas ao direito a morrer numa valeta a cada instante que passa.
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