O
famoso Krugman, Prémio Nóbel da Economia, anda por aí!
Depois
de, em 2008, o ouvir clamar bem alto para nos lembrarmos da crise de 1929, a
grande depressão, creio que para dizer que as soluções para a crise actual deveriam
ser as mesmas, Krugman continua a criticar a austeridade, a contenção e as suas
propostas continuam a ser dar o passo maior do que a perna para que o
crescimento económico seja retomado.
Mas
há pouco para comparar entre as duas situações, a de um mundo bastante e em
parte devastado pela guerra, cuja reconstrução fez da ajuda norte-americana o
seu melhor negócio e um mundo generalizadamente devastado pelas consequências
do remédio então utilizado, a sobreprodução que deu lugar ao famoso “american
way of life” que durou enquanto houve quem comprasse o que se produzia,
incentivado pelo generoso crédito concedido e pela “suavidade” dos pagamentos.
Este
bom negócio de “ajudar os europeus” durou enquanto durou mas, como acontece com
tudo, não pode durar para sempre.
E
quando a Europa passou a não consumir a sobreprodução americana, os lucros
diminuíram, fábricas fecharam, o desemprego aumentou, os preços afundaram e foi
o que se sabe na bolsa de Nova Iorque!
Na
crise actual também a sobreprodução teve o seu papel e os “booms” aconteceram
onde se produzia mais do que o necessário, na construção ou fosse no que fosse
cuja aquisição era, também, incentivada pelo crédito e condições de pagamento
que levam ao consumo excessivo que o “crédito mal parado” um dia trava!
E
foi fácil de ver como a economia apenas cresce enquanto houver quem compre o “desnecessário”
que se produz, o que não é essencial e uma vida com dignidade pode (ou deve?)
dispensar.
É,
de novo, o incentivo ao consumo que se pretende restaurar, sobretudo em bens
supérfluos que o apuramento tecnológico foi desenvolvendo e agora pouco mais do
que mascara com novidades que não servem para nada, tirando partido do hábito
criado de ter, sempre, o mais recente, o último modelo disto ou daquilo, mesmo
que não seja melhor do que o anterior. Ter o último modelo de automóvel, de
telemóvel, de iPhode, disto ou daquilo são o vício sem o qual o crescimento
económico não existe! Gasta-se o dinheiro, consome-se o crédito no que é
excessivo e poupa-se no essencial como na saúde, nas condições de vida, na
qualidade da alimentação, na convivência social, no respeito pelo Ambiente e pela
vida.
E
são os hábitos mais caros os que mais rapidamente se recuperam quando,
artificialmente, se cria um clima de maior confiança.
Mas
a verdadeira questão está nos danos provocados pelos excessos que cometemos, no
Ambiente degradado que de tal resulta, das práticas perigosas que são
utilizadas e põem em causa a própria Humanidade.
É
um velho hábito de excessos, de sobreconsumo que suporta a sobreprodução que suporta o crescimento económico que se
pretende restaurar em vez de procurar um novo modo de viver que os recursos
finitos do nosso mundo possam suportar.
Krugman
desdiz-se no que diz quando afirma que Portugal ainda se não encontra bem,
longe disso, mas que não está hoje tão mal como já esteve!
E como ficou um pouco melhor Portugal ao longo dos últimos anos?
E como ficou um pouco melhor Portugal ao longo dos últimos anos?
Com
o esbanjamento que o levou a quase falir não terá sido!
Será, então, esta a hora para nova farra?
Mas Obama e Krugman fazem as suas cruzadas pela Europa a favor da economia americana que estará com mais problemas do que qualquer outra...
Será, então, esta a hora para nova farra?
Mas Obama e Krugman fazem as suas cruzadas pela Europa a favor da economia americana que estará com mais problemas do que qualquer outra...
Sem comentários:
Enviar um comentário