Há
muitos dias que me não falam de outra coisa. São sanções para aqui e para ali,
razões para que sejam ou não aplicadas.
Enfim,
uma confusão de argumentos, dos quais cada um acha que os seus são os melhores.
Mas logo aparecem outros, apresentados por quem julga os seus melhores ainda.
Numa
demonstração múltipla e variada do mesmo princípio, todos, por cá, estão de acordo
que as sanções não são de aplicar.
Do
outro lado, a UE fala de normas e de regras que, por existirem, são para cumprir.
O que me parece tão evidente como as famosas razões de La Palisse!
Afinal
no que ficamos? Aplica-se a regra ou não se aplica? Ou, então, para que existe
regra?
Existirão
as leis apenas para meter medo e não para punir quem as não cumpra?
Veremos
como se vão sair, Portugal e a UE, desta embrulhada que nos poderá explicar o
milagre da “sanção zero”, como diz o nosso, também omnisciente, Presidente.
São
páginas de jornais, intermináveis horas de emissões de rádio ou de televisão
onde desfilam os gurus do pensamento, os reis da canhestra sabedoria política.
São
sempre os mesmos os que tudo sabem, os iluminados que passam pela vida na
presunção de tudo saber mas com a habilidade para não fazer nada que o ponha à
prova.
Mas
para além da situação que pode criar problemas a um país que já os tem de
sobra, olhando bem o que, sobretudo, pretendem dizer, tudo não passa de um
alijar de culpas, da preparação do sacrifício derradeiro de quem se demonstrar
que as tem!
É
destas coisas que La Fontaine sabia mais que todos, como mostrou saber na sua famosa
fábula do lobo e do cordeiro.
De
quem são as culpas, afinal? Do actual ou do anterior governo? Ou serão do
anterior que cometeu o pecado original?
Deixem-se
de palhaçadas e, em vez das tretas que já ninguém pode ouvir, dediquem-se a
outras actividades que, à falta de melhores, poderão ser as que que estão a
ressurgir do passado.
Por
exemplo, vender a banha da cobra, para o que estão bem preparados, ou não fosse
isso o que já fazem!
Ainda
ontem, de um call center qualquer, passaram longos minutos a falar-me dos seus
benefícios, os mesmos de que há muito tempo, teria eu uns 10 anos, já ouvia
apregoar.
Faz
bem a tudo, desde a hemorróidas à queda do cabelo.
Aproveitem
porque haverá, sempre, um achaque qualquer ao qual vai fazer bem.
Mas
bom, mesmo bom, melhor dos que as mezinhas milagrosas, seria que todos
trabalhássemos para sair da cepa torta.
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