ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 13 de julho de 2016

A BANHA DA COBRA!



Há muitos dias que me não falam de outra coisa. São sanções para aqui e para ali, razões para que sejam ou não aplicadas.
Enfim, uma confusão de argumentos, dos quais cada um acha que os seus são os melhores. Mas logo aparecem outros, apresentados por quem julga os seus melhores ainda.
Numa demonstração múltipla e variada do mesmo princípio, todos, por cá, estão de acordo que as sanções não são de aplicar.
Do outro lado, a UE fala de normas e de regras que, por existirem, são para cumprir. O que me parece tão evidente como as famosas razões de La Palisse!
Afinal no que ficamos? Aplica-se a regra ou não se aplica? Ou, então, para que existe regra?
Existirão as leis apenas para meter medo e não para punir quem as não cumpra?
Veremos como se vão sair, Portugal e a UE, desta embrulhada que nos poderá explicar o milagre da “sanção zero”, como diz o nosso, também omnisciente, Presidente.
São páginas de jornais, intermináveis horas de emissões de rádio ou de televisão onde desfilam os gurus do pensamento, os reis da canhestra sabedoria política.
São sempre os mesmos os que tudo sabem, os iluminados que passam pela vida na presunção de tudo saber mas com a habilidade para não fazer nada que o ponha à prova.
Mas para além da situação que pode criar problemas a um país que já os tem de sobra, olhando bem o que, sobretudo, pretendem dizer, tudo não passa de um alijar de culpas, da preparação do sacrifício derradeiro de quem se demonstrar que as tem!
É destas coisas que La Fontaine sabia mais que todos, como mostrou saber na sua famosa fábula do lobo e do cordeiro.
De quem são as culpas, afinal? Do actual ou do anterior governo? Ou serão do anterior que cometeu o pecado original?
Deixem-se de palhaçadas e, em vez das tretas que já ninguém pode ouvir, dediquem-se a outras actividades que, à falta de melhores, poderão ser as que que estão a ressurgir do passado.
Por exemplo, vender a banha da cobra, para o que estão bem preparados, ou não fosse isso o que já fazem!
Ainda ontem, de um call center qualquer, passaram longos minutos a falar-me dos seus benefícios, os mesmos de que há muito tempo, teria eu uns 10 anos, já ouvia apregoar.
Faz bem a tudo, desde a hemorróidas à queda do cabelo.
Aproveitem porque haverá, sempre, um achaque qualquer ao qual vai fazer bem.
Mas bom, mesmo bom, melhor dos que as mezinhas milagrosas, seria que todos trabalhássemos para sair da cepa torta.

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