Foram
o BPN, o BES e o Banif. São a Caixa e o Novo Banco. Quais se seguirão depois?
Todos,
eu creio, porque a banca é, ela própria, a mais evidente expressão do
capitalismo decrépito a cuja queda não conseguirá sobreviver.
A
Banca é hoje um enorme depósito onde o dinheiro circula a tanta velocidade que
consegue estar em vários lugares ao mesmo tempo!
A
virtualidade concedeu-lhe o dom da ubiquidade, aquele que a física ainda não
conseguiu demonstrar ser possível no mundo em que vivemos.
É
por isso que, ao fazer das contas, ele se não encontra onde seria suposto estar
porque, afinal, para estar em toda a parte como poderia estar ali?
É
o milagre da mistura diabólica do plástico com as rapidíssimas técnicas de
comunicação que desenvolvemos.
No
final, este dom de estar sem estar, faz-me lembrar um enorme queijo gruyère só com buraco.
Talvez
assim se entenda por que os juros do BCE são nulos e, até, mesmo, porque há
dívidas públicas que cobram juros para se financiarem, enquanto outras pagam caro!
Tudo
isto me parece um contra-senso, porventura aquele que, por não ter outra saída,
continuadamente baralha e volta a dar, tentando manter escondidos, na manga, os trunfos que cada vez menos tem.
Não
sei quanto tempo levará até que a queda se consume, o que acontecerá um dia,
sem a menor dúvida, pois tal como sucedeu com a simplória Dona Branca e o
sofisticado Madoff, também com o super poderoso Goldman Sachs acontecerá, mais
cedo ou mais tarde. E o mundo da finança perderá o seu maestro.
De
nada valerá, pois, por as culpas no frágil sistema bancário português, um peso
pluma que não passa de uma “imparidade” menor nas imensas que os sistema global
já não consegue disfarçar.
Esta
é a verdadeira e preocupante questão de uma banca que vive de chupar tetas que,
aos poucos, foram secando!
Pode
ser a grande derrocada do castelo de areia que o capitalismo virtual construiu e, também, a única forma de os políticos entenderem que os velhos procedimentos já não
servem, as velhas grandes ideias não passam, agora, de enormes disparates e que
uma mudança profunda se impõe, a tempo de evitar os desmandos que se avizinham.
Todos
os dias, os “sábios” falam do que, está mais do que provado, não percebem nada porque tudo continua na mesma ou pior ainda.
Senão, onde estão as soluções?
Será este o caminho a prosseguir, no fim do qual apenas nos espera uma inóspita superfície lunar?
Senão, onde estão as soluções?
Será este o caminho a prosseguir, no fim do qual apenas nos espera uma inóspita superfície lunar?
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