O
que sucedeu ontem de manhã em Sant-Etienne-du-Rouvrai, no interior de uma
igreja católica, levou a gihad do daesh para um novo patamar de confrontação
que, sem a resposta rápida, firme e clara que se exige de todas as autoridades
políticas e religiosas, pode criar e fazer crescer um estado de espírito
generalizado de tensão entre os europeus e as comunidades islâmicas na Europa,
cujas consequências podem ser muito trágicas.
A
profanação de um lugar sagrado, o sequestro de quem nele se encontrava e o
assassinato, por degolação, do velho Padre Jacques, um acto cobarde e bárbaro
que tiveram o despudor de filmar, talvez tenha sido a gota de água que faz
transbordar a paciência dos franceses que, há mais de um ano e meio, sofrem
atentados que já custaram a vida a mais de 250 pessoas. Por isso, os franceses,
sem excepção, reconhecem e tomam a peito uma “guerra” que o sangue de tantas
vítimas inocentes os obriga a travar e o seu orgulho exige que vençam.
Parece
que o “Aux armes, citoyens!” encontrou nova razão de ser, poderá ser cantado
com novo fervor e as armas serem mesmo utilizadas se não for encontrada uma forma diferente
e global de o evitar.
Tal
como Cristo na cruz da sua morte, onde razões sem justiça o colocaram, pediu ao
“Pai” que perdoasse os seus algozes, também para tamanho crime como o da igreja da Bretanha, a única atitude
sensata será perdoar.
Mas
perdoar não é esquecer, não é ser clemente nem, sequer, é absolver, pelo que a punição
do crime cometido deve ter lugar, sem ódio mas com firmeza e sentido de
justiça.
De
outro modo não haverá perdão mas sim uma guerra que alastrará e se tornará, a
cada dia mais dura, se aos franceses se não juntarem todos os povos do mundo
numa cruzada total da única justiça da qual pode porvir o perdão de que o mundo
carece para viver em paz.
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