ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

domingo, 31 de julho de 2016

ESPERTEZAS SALOIAS!



Apesar do que alguém disse, a propósito do perdão de uma possível multa a Portugal em consequência do desvio que teve no défice de 2015, o assunto, afinal, não morreu!
Depois de a Comissão Europeia ter decidido não aplicar qualquer multa a Portugal, pelo menos foi isso o que as notícias aqui disseram, o Comissário Oetinger afirmou, ao Der Spiegel, que “temos uma segunda opção. A nossa ameaça de corte nos fundos estruturais do orçamento é séria se Lisboa e Madrid não colocarem as contas em ordem”.
E a primeira conclusão que tiro é a de que não temos as contas em ordem!
Juntando isto a outras coisas que por aí também se dizem, tendo por origem este organismo ou aquele, esta personalidade ou aquela, para além das dessintonias frequentes entre o Primeiro Ministro e o Ministro das Finanças, eu, que para além do óbvio sou leigo nestas coisas de macro finanças, fico sem saber qual é, afinal, a situação real que deve orientar as decisões que me convirá tomar, que a todos convirá tomar na vida corrente e em relação ao futuro.
Não é isto que se espera de um governo, a confusão que nos deixa sem saber o que, afinal, é a verdade.
O que sinto e o que vejo são custos disfarçados nos preços das coisas que, deste modo, ficam mais caras, assim o governo cumprindo a promessa de não aumentar descaradamente os impostos! Fá-lo nas múltiplas taxas que, às dezenas, vai distribuindo por toda a parte.
Não me interessa a mão com que me tirem nem como chamem o modo de me tirar, mas a verdade é que o governo transferiu a necessidade de cortar nas despesas para a iniciativa de cada um de nós, sem nos dar hipótese de aumentar as receitas, como parece resultar de algumas das decisões que toma mas que, logo, outras contrariam!
Já todos nos demos conta das broncas geradas por diversas promessas não cumpridas, das consequências de outras que tentou cumprir e mais nos iremos dar à medida que o tempo for correndo porque, afinal, o caso é mais sério do que nos quiseram crer que fosse e não será um modo diferente de fazer contas que alterará os resultados.
Começa a ficar claro que grandes dificuldades nos esperam, até que uma crise política possa surgir depois da “silly season” (desculpem mas custa dizer isto em português), por mais que Marcelo garanta que não haverá crise política alguma.
A sensação que me fica é a de que ninguém sabe muito bem o que dizer porque, em contas normais, daquelas que todos sabemos fazer, só podemos concluir que continuamos a gastar mais do que temos, problema que o governo de Costa, habilmente vai transferindo das contas do Estado para o bolso de cada um.

Sem comentários:

Enviar um comentário