Fui
professor de engenharia durante muitos anos e, por isso, é natural que, da
experiência vivida, tenha retirado algumas conclusões, tanto quanto ao modo de
ensinar quanto ao de estudar.
Entre
as conclusões que tirei está uma que é muito igual à que vi agora exposta num
artigo em “O Tornado”, jornal “on line” que se diz independente e de análise crítica e plural para toda a
Lusofonia.
Na
texto que lo diz-se que “Robert Swartz, médico e investigador no «National
Center For Teaching Thinking», revelou um estudo em que se provou que “entre 90
a 95%” da população mundial não sabe pensar adequadamente“.
Eu
nunca tive como provar as percentagens que Swartz indica, porque apenas me fui
dando conta da realidade que vivi e sei dos esforços que fiz para a alterar, mas
elas corroboram a noção que eu tenho dos erros cometidos, tanto no modo de
ensinar como no de estudar.
De
um modo geral não se pensa adequadamente! Memoriza-se o que temos de aprender.
É
um facto que pensar o que se “estuda” não é hábito que, de um modo geral, os
professores transmitam aos seus alunos, a quem obrigam a saber de cor coisas
que rapidamente se esquecem. Sabe-las durante o exame bastará para passar a
prova, mas jamais será penhor do conhecimento que uma aprovação deveria ser.
E
depois de esquecido ou mesmo não esquecido, que valor terá o que se memorizou
sem se compreender? Não terá muito, se é que tem algum.
Sempre
procurei que os meus alunos aprendessem a pensar em vez de decorar o que
procurava fazer nos próprios exames em que não havia limite para o que pudessem
consultar para responder, tal como acontece na vida profissional.
As
respostas às perguntas não estão nos livros que, em vez disso, contêm o que é
necessário saber para responder.
É
aqui que entra o saber pensar.
Dificilmente
terá sucesso que não souber pensar. Por há quem “chumbe” em exames com
consulta!
Deixo
aqui uma parte do texto que refericuja leitura me parece útil: “Swartz revelou estes dados um mês antes de
viajar para Bilbao, onde o ICOT 2015 – Congreso Internacional de Pensamiento se
reuniu no que foi a maior conferência sobre a inteligência. Aqui o cientista
procur, ou mostrar que é possível reflectir-se sobre o uso do pensamento nas
áreas da educação e do desporto, entre outras.
Mais especificamente, este
especialista em pedagogia educacional acredita que existem actualmente várias
formas de implementar um pensamento que ajude de facto as pessoas a “melhorarem
o seu modo de pensar”. Swartz revelou também que a sociedade não sabe como usar
a mente porque a escola do século XXI, ainda que sendo completamente diferente
dos séculos anteriores, não muda na forma como ensina os mais novos.
Como solução para que esta
“percentagem dantesca” reduza, Swartz propõe que se fomente a comunicação desde
a infância, já que 99% dos problemas do ser humano têm origem na linguística.
Por outro lado, considera que as escolas devem criar “sujeitos activos” na hora
de aprender, e não passivos, como se está ainda a fazer hoje em dia nas
aprendizagens. Com isto quer dizer que sejam capazes de pensar de forma crítica
e não limitarem-se a receber informação.
Nesta linha de pensamento, Swartz
acredita que há que fomentar a empatia nos mais pequenos para que aprendam a
valorizar a opinião do outro, o trabalho em equipa e saber estar em
conformidade com a maioria, de forma activa, PENSANDO.”
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