(de Google Earth)
Não seria difícil de prever que, perante a degradação acelerada da qualidade de vida para a maioria dos africanos, algum dia pudesse acontecer a invasão desumana que a Europa está a sofrer.
Não seria difícil de prever que, perante a degradação acelerada da qualidade de vida para a maioria dos africanos, algum dia pudesse acontecer a invasão desumana que a Europa está a sofrer.
Depois de colonizar um Continente de onde acabou
por se retirar em condições e por razões nunca muito bem esclarecidas, mas
talvez porque os maiores colonizadores eram, em boa verdade, insaciáveis
exploradores, a Europa é assaltada pelas misérias que deixou para trás,
aumentadas ainda mais pela exploração que continua a fazer, de um modo não
menos desumano, das riquezas que por lá continuam a existir.
Nem imagino como acabará a discussão sobre
como repartir pelos diversos países da União Europeia as já centenas de milhar
dos que procuram na Europa um pouco do que, na sua terra, não têm de todo.
Morrem aos milhares na travessia
aventureira do Mediterrâneo ou no Túnel da Mancha a tentar alcançar a
Inglaterra, o eldorado que sonharam. Morrem um pouco por todo o lado.
Uns, chamam-lhes bandos, outros enxames e,
outros ainda, pragas que vêm complicar ainda mais os complicados problemas que
já temos.
Apenas ainda não ouvi falar no que me
pareceria mais natural que os políticos falassem, em resolver os problemas nos
próprios lugares onde nascem, em África!
Estarão à espera de qual milagre?
Ou a ideia será fazer da Europa um albergue
para indigentes que façam o trabalho duro que os “doutores” europeus julgam já
indignos de si?
Não compreenderam, ainda, que o mundo é um
todo e que, por ser assim, nele não poderão ficar compartimentadas, para
sempre, a riqueza e a pobreza que distingue os vários mundos do mundo?