ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

AS FANTASIAS DOS MANUAIS ESCOLARES


Mais uma vez, como desde há muitos anos acontece, aparece o terror da compra dos manuais e de mais material escolar, cujos custos arrombam os orçamentos de muitas famílias.
É um custo insuportável para alguns e muito difícil de suportar para muitos, aquele a que a compra dos manuais escolares obriga.
Não entendo, nunca entenderei, as alterações consecutivas dos manuais que outro efeito não têm senão garantirem lucros aos editores, para além de justificarem os salários de tantos “investigadores da vírgula” de que o Ministério da Educação está a abarrotar.
São aqueles que, sem nada de útil para fazer, se refugiam num suposto saber especial que em nada beneficia o saber vulgar que, se garantido a todos os portugueses, faria de Portugal um país bem melhor.
Faz muito tempo já que Portugal não tem um ministro que ponha ordem numa área tão importante como a da educação e num ministério que, ao longo dos anos, se vai tornando um depósito de sábios que alteram manuais e concebem acordos ortográficos ridículos, ao qual reforma alguma ainda atingiu, como seria bom que acontecesse.
Na Educação, tal como na Saúde, não seriam de consentir devaneios nem “negócios” em que alguns enriquecem à custa de um direito fundamental de muitos, o direito à educação.
Não é admissível que, pelo menos nos níveis de ensino obrigatório, a compra dos manuais escolares constitua um encargo absurdo e que um país sem recursos excessivos se dê ao luxo do desperdício que as constantes mudanças de manuais implica.



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