Mais uma vez, como desde há muitos anos
acontece, aparece o terror da compra dos manuais e de mais material escolar,
cujos custos arrombam os orçamentos de muitas famílias.
É um custo insuportável para alguns e
muito difícil de suportar para muitos, aquele a que a compra dos manuais
escolares obriga.
Não entendo, nunca entenderei, as
alterações consecutivas dos manuais que outro efeito não têm senão garantirem
lucros aos editores, para além de justificarem os salários de tantos “investigadores
da vírgula” de que o Ministério da Educação está a abarrotar.
São aqueles que, sem nada de útil para
fazer, se refugiam num suposto saber especial que em nada beneficia o saber
vulgar que, se garantido a todos os portugueses, faria de Portugal um país bem
melhor.
Faz muito tempo já que Portugal não tem um
ministro que ponha ordem numa área tão importante como a da educação e num
ministério que, ao longo dos anos, se vai tornando um depósito de sábios que
alteram manuais e concebem acordos ortográficos ridículos, ao qual reforma
alguma ainda atingiu, como seria bom que acontecesse.
Na Educação, tal como na Saúde, não seriam
de consentir devaneios nem “negócios” em que alguns enriquecem à custa de um
direito fundamental de muitos, o direito à educação.
Não é admissível que, pelo menos nos níveis
de ensino obrigatório, a compra dos manuais escolares constitua um encargo absurdo
e que um país sem recursos excessivos se dê ao luxo do desperdício que as
constantes mudanças de manuais implica.
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